terça-feira, 2 de março de 2010

Fifa chama Zico de 'gênio da seleção'

Desempregado desde que foi demitido do Olympiacos, em janeiro, e sem perspectiva de ir à África do Sul disputar o seu sexto Mundial (esteve em 1978, 82 e 86 como jogador, em 1998 como coordenador, e em 2006 como treinador do Japão), Zico passa longe de ser um personagem ignorado quando o assunto é Copa do Mundo. Mesmo sem ter sido campeão mundial com a camisa do Brasil, o Galinho foi chamado de “gênio da seleção e rei do Mengão” em entrevista publicada no site da Fifa.

A reportagem cita o pênalti perdido contra a França nas quartas de final de 86, mas ressalta que o camisa 10, fora de forma pela grave lesão no joelho direito, 'conseguiu controlar os nervos' na disputa por pênaltis na mesma partida. O site lembra que a melhor colocação de Zico como jogador em uma Copa foi o terceiro lugar em 1978, mas frisa que nada supera seu desempenho em 1982, quando foi o principal nome de uma geração que encantou o mundo. Naquela edição, Zico fez quatro gols. A derrota por 3 a 2 para a Itália acabou com o sonho do Brasil, que ainda tinha Júnior, Leandro, Falcão e Sócrates.

- É sempre importante deixar um legado. Mas o que importa para um profissional é o título. Fico feliz por ter feito parte de um time como aquele, pessoas em todos os lugares se lembram de nós. Mas ficaria mais feliz se tivéssemos vencido – lamenta o eterno ídolo rubro-negro.

Reprodução/Fifa.com

Reprodução da reportagem publicada na sessão dedicada aos grandes ídolos do passado

As conquistas de Zico pelo Flamengo tiveram destaque na reportagem da Fifa, principalmente os do fim dos anos 70 e início dos 80, como a Libertadores e o Mundial de 81.

- O bom foi que conseguimos montar um ótimo time, com vários jogadores talentosos, uma mistura de duas ou três gerações. Todo mundo se conhecia e sabia dos objetivos do clube. A maioria torcia para o Flamengo, o que significa muito, e todos tinham muito potencial. Tivemos a honra de conquistar, em um curto espaço de tempo, títulos que o Flamengo jamais havia conquistado. Para ser sincero, adoraria ver aquele time da arquibancada – brincou o ex-jogador.

Zico comenta na matéria o trabalho de reforço muscular que teve de fazer em seus primeiros passos na Gávea, relembra o apoio de seus irmãos Edu e Antunes, ambos também ex-jogadores, e fala com orgulho do fim de sua carreira no Japão.

- Gostaria de ser lembrado como alguém que ama o que fez. Alguém que foi muito profissional e sempre preocupado em melhorar, alguém que jogou limpo e se dedicou de corpo e alma ao futebol.

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