O vice de futebol afirmou que o destino de Pet será decidido em uma reunião com a comissão técnica nesta terça-feira e que a tendência é o rompimento definitivo. Para o meia, porém, tudo não passou de um mal-entendido.
- Fiquei frustrado de não poder ajudar mais e perder minha invencibilidade, num jogo comemorativo de 150 jogos pelo Flamengo, num clássico. De cabeça quente eu saí, mas não discuti com ninguém. Aí, depois de eu ter saído, o Marcos (Braz) me avisou que precisava esperar o antidoping. Fiz o sinal de positivo, continuei andando e fui para o carro. Escutei o jogo no rádio até o Álvaro ser expulso e fiquei rodando pela Tijuca esperando para ver se iria ser sorteado. Não me ligaram, não cai no antidoping, ganhamos o jogo. Se realmente aconteceu algo, não sei o que foi – disse Pet, que se considera invicto neste retorno ao Flamengo mesmo tendo participado da derrota por 3 a 2 para o Goiás, no primeiro turno do Brasileiro. Na ocasião, o jogador entrou em campo quando a equipe perdia por 2 a 0.
Marcos Braz, que deu entrevista coletiva separado de Pet, ironizou a versão do jogador.
- A tendência da evolução é para o rompimento, mas não significa que isso não seja mudado amanhã (terça). O afastamento permanece por causa da atitude dele. Não tenho problema com nenhum jogador do elenco, infelizmente foi acontecer com ele. Eu não fiz nada errado. Ele quem fez. Simplesmente foi embora do estádio. Conforme ele ia saindo, minha voz foi aumentando. Quando a pessoa vai ficando mais distante, a pessoa aumenta o tom. Queria saber o que ia acontecer se caísse no sorteio para o antidoping. Ele colocaria em xeque todo departamento médico do Flamengo. Vocês nunca viram atleta dando volta na Tijuca - disse o dirigente, que ainda não recebeu da presidente Patrícia Amorim um parecer sobre o episódio.
Pet deixou claro que não gostou de ser suspenso por algo que ele não considera um erro. A insatisfação foi ainda maior por ter tomado conhecimento da punição pela imprensa.
- Minha conduta profissional é 100% e não vi onde fiz alguma coisa de errado. Se fiz, foi inconsciente e peço desculpas. Não sei porque isso se tornou público. Se tivesse prejudicado o clube, eu seria o primeiro a dizer que mereço a punição. Mas acho que não mereço e acho que está acontecendo algo desnecessário. Estou abismado. Não concordo com essa punição. Fazer o quê? Está imposto. Não concordo, mas acato. Quem me comunicou tudo foi o Isaías (Tinoco, gerente de futebol), que disse que até segunda ordem eu estou afastado. Segunda ordem eu não sei se é amanhã, alguns dias, semanas... – explicou Petkovic.
Petkovic chegou ao clube fazendo sinal de positivo. Na arquibancada, uma bandeira da torcida apoiava o ídolo. O meia caminhou tranquilamente para o vestiário, cumprimentou alguns jogadores no caminho, e garantiu que seu relacionamento com Andrade não mudou. Mas não falou a mesma coisa sobre Marcos Braz.
- Não sei como fica agora (o meu relacionamento com o Marcos Braz). Antes eu achava normal. Mas o meu relacionamento com Andrade sempre foi bom e é um dos melhores. Conversamos muito particularmente. E hoje conversei com ele de novo sobre tudo e disse que gostaria que tudo se resolvesse o quanto antes, independentemente do desfecho. O grupo não pode sofrer com isso tudo – disse Pet.
Apesar de irritado com o episódio, Marcos Braz disse que o fato de o atleta ter reconhecido seu erro é um bom início para uma possível reconciliação. Mas o acordo não será tão simples. Principalmente depois que Josias Cardoso, empresário do sérvio, disse ao GLOBOESPORTE.COM que Braz estaria aproveitando o caso para tentar atrair os holofotes.
- A partir do momento em que o jogador reconhece o erro gravíssimo, ele começa até bem. O engraçado é o procurador dele dizer que eu quis aparecer. Já apareci muito quando o Flamengo foi campeão brasileiro. O Petkovic continua treinando separado até nós entendermos que temos que dar a decisão final.
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