Do futsal do Bangu, passando por Campo Grande, Vasco, São Paulo, Palmeiras e CSKA, todos os caminhos, na imaginação, o levariam à Gávea.
- Sabia que um dia colocaria as tranças nessas cores – afirmou.
Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, o jogador tranquilizou a torcida e avisou que se o Flamengo chegar às fases finais da Libertadores, que ocorrem depois do término do contrato dele, dia 10 de julho, o atacante irá pessoalmente à Rússia para pedir a liberação.
Você foi muito cedo para a Rússia, onde o inverno é rigoroso e vários brasileiros pedem para voltar depois de poucos meses no país. Como foi a adaptação?
Logo que cheguei o Nininho, padrasto do Daniel Carvalho, me ajudou muito. Ele já conhecia tudo lá. A parte da língua era a mais complicada, mas minha mãe e minha irmã foram comigo. Sabia que, se estivesse bem fora de campo, me daria bem dentro. No Brasil as pessoas apostavam que eu seria mais um caso de bate e volta.
Depois de cinco anos, muitos títulos e gols, dá para dizer que você venceu essa desconfiança?
Surpreendi a todos, porque não fui esse caso de bate e volta. Pelo contrário, joguei cinco anos, tive adaptação fantástica na cidade, virei ídolo no clube e adorado por todos. Consegui me tornar ídolo em um país onde o racismo é muito grande.
Em agosto, o Flamengo também o procurou. Por que preferiu o Palmeiras?
Eu tinha dado minha palavra ao Palmeiras. Eles fizeram a proposta antes e só dependia da liberação do CSKA. Minha palavra é muito importante. Tanto que, desta vez, recebi uma proposta altíssima do Hamburgo e mantive o que havia tratado com o Flamengo.
Nesta quarta-feira, você jogará pela primeira vez no Maracanã com a camisa do Flamengo. Já pensou no sentimento?
Jogar no Maracanã mexe comigo, deve ser muito emocionante. Aquele estádio é a casa do Flamengo e sempre esperei esse dia. Não vejo a hora de jogar lá, ver a torcida gritando meu nome.
E quando caiu a ficha de que, enfim, realizaria o sonho de jogar no Flamengo?
No dia da minha apresentação fui fazer a trancinha, e estava ansioso para a apresentação, que seria poucas horas depois. Fiquei sentado na cadeira e foi passando um filme na minha cabeça. Sabia que um dia faria as trancinhas dessas cores.
Só que há a chance de você roer todo o osso da Libertadores e ter de voltar para a Rússia justamente nas fases finais. Já pensou nesta possibilidade?
Nem gosto de ficar falando, mas, se chegarmos à semifinal, vou pessoalmente â Rússia pedir para jogar. Eu vou querer jogar. Mas para isso precisamos chegar.
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