Rubens Lopes mandou convocar uma reunião extraordinária para às 17h30m desta terça-feira com os presidentes de clubes para resolver a questão: “Se eles não vierem será um descaso total ao torcedor. Se não conseguirmos cumprir as exigências da Suderj para dar conforto ao torcedor na hora da compra do ingresso e acabar com aquela bagunça nas roletas do Maracanã não vou marcar o jogo para o estádio” – disse.
O presidente da Ferj considera que os dirigentes dos grandes clubes cariocas ainda não perceberam que o futebol carioca está em um outro momento e que a desorganização faz parte do passado: “Não podemos abrir mão da segurança e do conforto do torcedor. Senão vai continuar tudo igual. Precisamos encontrar soluções. E quem veio para a reunião (pela manhã com a Suderj) não decide nada nem pode tomar determinadas decisões, eu convoquei os presidentes dos clubes. Não tem nenhum absurdo nas medidas condicionadas pela Suderj. Mas os clubes até agora só colocaram uma série de obstáculos para cumpri-las.”
Aumento dos ingressos também bastante ameaçado
O aumento no preço dos ingressos proposto pelos clubes para o Campeonato Carioca de 2010 também pode subir no telhado. Rubinho ficou muito irritado com a atitude dos clubes de enviarem representantes para a reunião com o promotor Rodrigo Terra nesta segunda-feira e não está mais disposto a autorizar o novo valor: “Acho que vou vetar. O Flamengo fez a proposta. Aceitei no arbitral, mas foi colocado uma condicionante. Os clubes precisavam levar a proposta e apresentar as justificativas do aumento ao Ministério Público. Mas eles também não foram lá. O Flamengo mandou o chefe da segurança. O Flu uma outra funcionária que eu nem conheço. Só o Botafogo se fez representar pelo vice geral e pelo chefe do departamento jurídico. Acho isso um desrespeito ao orgão público. Como eles não cumpriram o que foi combinado, estou muito propenso a não aceitar o aumento.”
O preço mínimo pelo regulamento é de R$ 20, mas para os clássicos no Maracanã seriam cobrados pelos clubes R$ 30 para cadeira comum (50% de aumento em relação ao ano passado), R$ 40 pelas cadeiras amarela e verde (33% de aumento), R$ 50 pela cadeira branca (40% de aumento) e R$ 150 pela cadeira especial (25% de aumento). Rubinho acha até os preços justos, mas não quer que a conta pelo aumento na opinião pública caia em cima da Federação do Rio: “As coisas precisam ter justificativa e não ser feitas a esmo. Os clubes são os maiores interessados nisso. Falei com eles para ir lá, apresentar uma planilha, mostrar que não houve aumento nos dois últimos anos. Em 2008, o salário mínimo era 300 e pouco. Agora é de 510. Só aí já teria uma justificativa. Mas eles não fizeram.”
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