O assunto freguesia, mesmo em clássicos, não costuma ser levado em consideração pelos jogadores. Ao menos no discurso. Mas, no caso do Fla-Flu, as provocações entre os dirigentes ao longo deste ano têm deixado os nervos a flor-da-pele.
Primeiro, Roberto Horcades, presidente do Tricolor, disse que seu clube leva vantagem sobre o rival. Em seguida, foi rebatido e, nesta semana, o mandatário em exercício do Flamengo, Delair Dumbrosck pediu que o colega abrisse a boca outra vez, “para dar sorte a seu time”.
A verdade é que, em decisões, o Flu ganhou mais (sete a três). No geral, porém, a vantagem é do Mengão: 133 a 122 vitórias. O atacante Adriano admitiu que essa atmosfera é, sim, levada para campo.
– As provocações acabam influenciando no rendimento e no modo de encarar o jogo, às vezes. É difícil evitar cair na conversa de diretores. Só que isso é mais para a torcida, nós temos de ter tranquilidade – disse o Imperador, cuja rivalidade com os tricolores é bem antiga.
– Na base, havia muitos jogos contra o Fluminense. Entre nós tinha aquela coisa de querer ganhar muito deles. E até perdi mais do que venci – confessou o craque.
O consenso tricolor é de que os números não jogam. Preocupado em fugir da degola, a concentração e o cuidado são prioridade.
– Freguesia é bom para o torcedor, que se apega a tudo para sacanear o amigo – resumiu Cuca.
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