domingo, 20 de setembro de 2009

Bruno: 'A torcida do Fla voltará a me apoiar'

Durante a crise que o Flamengo viveu neste Brasileiro, a bomba quase sempre estourou no colo de Bruno. A goleada de 5 a 0 para o Coritiba no primeiro turno foi um desses momentos. Mas hoje a situação é outra. Na véspera da partida contra o mesmo rival, às 18h30, no Maracanã, com transmissão em tempo real pelo LANCENET!, o goleiro quebrou o silêncio em entrevista exclusiva ao LANCENET!. No bate-papo, o capitão da equipe relembrou as dificuldades, admitiu que amadureceu muito nesse período e garantiu que o time vence neste domingo “nem que seja na base da porrada”.

Rafael Cavalieri: O que mudou no Flamengo da goleada para o Coxa no turno para cá?

O momento é outro, agora é bom. As contratações foram feitas e quem chegou ajudou muito. Temos um time formado e naquela época era um em formação. Não conseguíamos repetir a escalação e eram vários garotos em busca de oportunidade. Agora vamos jogar no Maracanã lotado.

RC: Foi difícil superar essa crise?

No futebol não se vive somente de alegrias. Os momentos difíceis estão aí para serem superados. Aprendi muito este ano. O Fábio Luciano falou para eu manter a cabeça tranquila, a minha postura dentro e fora de campo e continuar chamando a responsabilidade. Antes mesmo de ser capitão tentei fazer isso. E sei que se eu perder a faixa vou continuar assim.

RC: Pessoalmente como foi?

De lá para cá tudo mudou. O Bruno amadureceu. Cada ano que vivemos a gente aprende alguma coisa. Em alguns momentos é melhor ficar calado e se preservar.

RC: Quem te ajudou?

Sempre tive o respaldo da diretoria, da comissão técnica e dos meus companheiros. Sempre soube que isso passaria. Fico chateado não pelas vaias ou críticas da imprensa, mas por saber que temos um grupo de garotos maravilhoso, que não conseguiu se acertar. A chegada do Marcos Braz colaborou e o Roberto Barbosa foi fundamental. Além de meu preparador, é um amigo que fiz e que nunca me deixou baixar a cabeça.

RC: Em casa foi complicado? A família também deu muita força?

Sou o homem da casa. Não deixo transparecer tudo que acontece comigo. Em casa tenho minha família e meus filhos para cuidar. Mas no campo, o Bruno goleiro é diferente. Eu sou um trabalhador e me cobro muito também. Tenho de saber separar bem as duas situações.

R C: O momento é outro. Acha que voltou ao seu auge?

A vida de jogador é uma roda gigante. Em algumas horas estamos lá em cima, mas ela gira e podemos descer. Bem ou mal, a batida de trabalho sempre vai ser a mesma. Meu momento vai com o do time e hoje estamos em alta.

RC: A torcida passou a te perseguir, mas já diminuiu. A relação voltou a ser a de sempre?

Fui questionado por muitos, mas não me importo. Sei que o grupo sabe da minha importância e por eles eu vou sempre me sacrificar. A torcida vai voltar a gritar meu nome porque sabem que sempre farei o meu melhor pelo Flamengo.


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