- Na nossa infância, sempre gostamos muito de pescar. Pescamos até hoje. A gente procurava aqui na nossa região uns laguinhos pra gente pescar. Mas o Ederson sempre foi um menino muito tranquilo, sempre foi muito estudioso. Não foi daqueles meninos que não gostavam de ir para a escola, sempre gostou de estudar. Não era um cara CDF, não. Mas não era como eu, que minha mãe tinha que pegar no meu pé. Ele sempre tirava 10, 9, mas não CDF. Era um cara que gostava de ir às aulas - revelou Emerson.
Apesar do hobby por fisgar peixes, geralmente realizado no Rio Paraná, tratado como Paranazão pelo parapuenses, o principal objetivo de Ederson sempre foi a bola, garante o irmão.
- Sempre teve um foco do que queria, tanto que quando foi para o Rio Grande do Sul (jogar pelo RS Futebol, clube-empresa criado por Paulo César Carpegiani) ficou muitos anos sem passar Ano Novo e Natal conosco. Ele se dedicava bastante a isso. Quando jogava aqui na região, sempre se destacou e fez muitos gols. Ele jogava nas escolinhas de futebol daqui e logo depois foi para Marília (no Paraná). Aí o Carpegiani o descobriu e ficou louco com ele. O interessante é que o Carpegiani estava fazendo o clube dele ainda e era técnico do Atlético-PR. Ele o deixava treinando no Atlético enquanto o clube dele ia ficando pronto. Os caras do Atlético gostaram dele, mas o Carpegiani falou, esse menino é meu (risos). O levou para o clube dele junto com Thiago Silva e Naldo - contou Emerson, que também foi meia do RS, porém nem se atreve a dizer que foi melhor do que o irmão, a quem trata como "diferente demais".
Emerson (segundo da esquerda para a direita), ao lado de Ederson, Zico e Ronaldo (Foto: Reprodução / Instagram)
- Ele acabou (o segundo grau), estudava até na mesma escola que o Thiago Silva, porque o Carpegiani gostava que os atletas estudassem. Eles exigiam estudo, mas o Ederson era muito preocupado com isso. Tanto é que chegou na França e logo aprendeu o francês, chegou à Itália já falando italiano. Fala italiano perfeitamente, francês e espanhol. Se interessa por outros assuntos que não o futebol. Até brinquei que ele derraparia no português, porque há anos ele não dava uma coletiva em português, mas não aconteceu.
Pagode e sertanejo, muito populares entre os atletas, também agradam a Ederson, mas noitada não é um hábito do 10 rubro-negro. É o que assegura Emerson.
- Vocês nunca verão Ederson numa balada. É um cara bem família, centrado, sossegado. Se cuida muito, é atleta mesmo, bem profissional. Acho que a grande fase dele seria quando foi para a seleção brasileira. Era o camisa 10 do Lyon num time que tinha Juninho Pernambucano, Fred e Karin Benzema. Era um timaço, chegaram à semifinal da Champions League com o Ederson arrebentando. Foi para a Seleção, mas infelizmente aconteceu aquilo (lesão).
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