Principal nome do futebol peruano, Paolo Guerrero
tem um motivo a mais para trabalhar forte no Flamengo. De olho na Copa
do Mundo de 2018, o atacante sabe que o desempenho no clube reflete na
seleção e, se depender dele, o Peru será uma das seleções classificadas
após as Eliminatórias.
Há três anos no futebol brasileiro, o jogador rubro-negro não chega a
ver o Brasil em decadência, mas acredita que o país pentacampeão não
terá menos dificuldades que o Peru para chegar ao próximo Mundial, na
Rússia. Guerrero vê até semelhanças entre as duas seleções.
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O futebol sul-americano sempre tem bons times. Não acho que o Brasil
deu uma caída. Acho que tem um entrosamento novo, por ter muitos
jogadores novos e por ter o Dunga, que está montando o time. Tem um
processo novo que tem que se acostumar. E acho que nossa seleção também
está passando por isso. Muitos jogadores novos estão se integrando.
Daqui para a frente vai ser bem competitiva (nas eliminatórias
sul-americanas para a Copa do Mundo). Acho que vai ser difícil para todo
mundo - avaliou.
Referência na seleção peruana, Guerrero foi fundamental na conquista do terceiro lugar na Copa América deste ano, quando marcou quatro gols em seis jogos e foi um dos artilheiros da competição - o Brasil parou nas quartas, eliminado pelo Paraguai. Agora, o atacante está com o pensamento nas Eliminatórias e, apesar do pedido do Flamengo, não foi liberado dos amistosos que antecedem a estreia na competição. Para Guerrero, a classificação é possível.
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Tenho que acreditar. Nós temos que fazer o nosso trabalho,
disciplinado. Acho que isso vai ser muito importante pra gente trabalhar
muito forte - disse.
Aliás, de disciplina o peruano entende.
Muito vem da escola alemã, onde jogou por 11 anos até se transferir para
o Corinthians, em 2012, clube que defendeu até chegar à Gávea, em maio
deste ano. Ao avaliar o 7 a 1 dos campeões do mundo em cima do Brasil,
Guerrero destaca mais os méritos da Alemanha do que os erros do Brasil.
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O profissionalismo que tem o jogador alemão, acho muito valioso, a
concentração que eles têm. Os 90 minutos são muitos concentrados. Podem
estar perdendo por 2 a 0, mas o time luta até o final. Não gostam de
perder. O 7x1? Achava que, por estar em casa, para o Brasil seria mole.
Mas jogo com a Alemanha é muito difícil. Eles não gostam de perder e
eles lutam ao final - comentou.
O Peru terá fará amistosos
contra Estados Unidos e Colômbia nos dias 4 e 8 de setembro,
em Washington e Nova York, respectivamente. A estreia nas eliminatórias
será fora de casa, contra a Colômbia, em data a ser definida. As
primeiras rodadas serão realizadas entre 5 e 13 de outubro.
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