TJD-RJ nega efeito suspensivo a Luxemburgo, e Flamengo vai ao STJD

O Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ) negou o pedido de efeito suspensivo a Vanderlei Luxemburgo na tarde desta quarta-feira. Com isso, o treinador segue suspenso por dois jogos e não poderá comandar o time do Flamengo nem aparecer no vestiário contra o Fluminense, no domingo, e contra o Nova Iguaçu, na quarta-feira. Diante da decisão, o setor jurídico do Rubro-Negro vai ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para tentar novamente o efeito suspensivo.

O Flamengo corre contra o tempo para ter Luxa contra o Flu e espera ter uma resposta do STJD ainda nesta quarta ou, no máximo, na quinta. Por conta do feriado da Páscoa, o tribunal não funcionará na sexta. Mas, apesar de ser incomum, não é impossível uma decisão sair no fim de semana. O Fla-Flu está marcado para as 18h30 deste domingo, no Maracanã.

- A gente espera a decisão para hoje, mas o fato de não ter expediente não nos impede de ter a decisão na quinta ou na sexta-feira. Nada impede também que saia após o expediente, assim como aconteceu na semana passada (antes do jogo contra o Bangu). A decisão pode sair até sábado ou domingo - explicou Flávio Willeman, vice-presidente jurídico do Flamengo.

Em julgamento realizado nessa segunda-feira no TJD-RJ, Luxemburgo foi punido por duas partidas no Campeonato Carioca por ter feito críticas à Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) na semana passada. O treinador, na ocasião, incentivou a imprensa a "dar porrada na Federação", ou seja, criticá-la por conta do regulamento.

A primeira punição ocorreu horas antes de Flamengo x Bangu, na última quarta, quando foi suspenso preventivamente por conta da declaração. No entanto, o clube da Gávea foi ao STJD e conseguiu o efeito suspensivo, o que pode voltar a acontecer agora.

Novo inquérito aberto contra Luxa
A procuradoria do TJR-Rj também abriu na última terça-feira um outro inquérito contra Luxemburgo. Desta vez, para apurar "suposta existência de infração" em entrevista concedida ao "Jornal Folha Vitória". O auditor Dilson Neves Chagas foi sorteado para o processo e tem 15 dias para concluir o caso. Segundo Willeman, o departamento jurídico do Fla ainda não foi informado sobre o caso.

- Não tivemos ainda maiores informações. Já procurei na internet e não encontrei. Uns dizem que seria um site de reposição de matérias já publicadas. Outros dizem que seria uma entrevista exclusiva, mas o Vanderlei não deu nenhuma entrevista exclusiva. Não posso acreditar que esteja havendo uma perseguição, que a procuradoria esteja atuando com desvio de finalidade. Seria muito grave. Como é inquérito, não uma denúncia, vamos tomar conhecimento com calma e fazer a defesa do treinador da melhor forma possível.