quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Flamengo, em rota de colisão com a federação, ameaça: ‘Nas bases atuais, não desejamos jogar o Carioca-2016’


 
Fred Luz quer revisão de alguns pontos do CariocaEm meio a sua cruzada a favor do direito de precificar livremente suas partidas no Estadual, o Flamengo sobe o tom e estica a corda do cabo de guerra em que se transformou a relação com a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj). No que depender dos planos da diretoria capitaneada por Eduardo Bandeira de Mello, o rompimento está próximo e o Rubro-Negro já admite não participar da competição regional no próximo ano. O diretor geral do Flamengo, Fred Luz, garantiu que, nas bases atuais, o clube estará fora da próxima edição do Estadual.

Ao Jogo Extra, Fred Luz disse que os corpos jurídicos da dupla Fla-Flu já estudam meios de criar liga independente à Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj), sem que sanções desportivas sejam aplicadas. Um dos desafios jurídicos que os advogados terão de driblar está no Estatuto da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), já que um de seus artigos prevê que o abandono do Estadual implicará rebaixamento à divisão inferior no Estado, impedimento de participação de qualquer competição coordenada pela CBF, bem como de jogos oficiais ou amistosos interestaduais, nacionais e internacionais.

— A Ferj quer cada vez ter mais receitas para ela em prejuízo dos clubes. Não achamos legal o intervencionismo, e é isso que está sendo feito. O ponto é o seguinte: este ano a decisão foi disputar o Campeonato Carioca, mas não desejamos jogar nas bases atuais em 2016 — explicou Fred Luz.

Os principais pontos de discórdia entre o clube e a entidade são: a abolição da meia entrada universal — já considerada ilegal pelo Ministério Público —, o fato de a Ferj não estabelecer mandantes no Carioca e não dar ao mandante o direito de fixar o preço dos ingressos. Caso o clube não consiga reverter todas estas situações, o Flamengo estuda buscar seus direitos na Justiça Comum.

— Estamos sob protestos. Este não é o modelo que vai desenvolver o futebol do Rio de Janeiro — afirmou Luz.

O apetite financeiro da Ferj incomoda: em três jogos do Estadual-2015, o clube da Gávea levou para seus cofres R$ 57 mil, enquanto a entidade ficou com uma fatia de R$ 69,3 mil só com as taxa de 10% cobrada nos jogos do Rubro-Negro.


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