Uma
derrota em um clássico tem seus efeitos colaterais. Depois de perder
por 2 a 0 para o Fluminense e consolidar um início de campanha abaixo da
expectativa no Campeonato Brasileiro, a pressão interna sobre o
trabalho do técnico Jayme de Almeida começou a aumentar. Tanto que o
nome de Ney Franco, atual comandante do Vitória, apareceu como opção em
caso de demissão. Ele trabalhou no clube carioca em 2006 e 2007, quando
conquistou a Copa do Brasil e o Carioca.
Na manhã desta segunda-feira, Ney Franco pediu demissão do comando do Vitória, aumentando os rumores. Por enquanto, a
situação na Gávea segue inalterada, apesar de pessoas influentes trabalharem nos
bastidores por uma mudança de comando. Jayme mantém a tranquilidade e atendeu a reportagem do
GloboEsporte.com nesta segunda.
- Ninguém falou comigo. Estou
indo à praia. Estou tranquilo - afirmou Jayme, em rápido contato por
telefone, ignorando qualquer especulação envolvendo a sua saída do
cargo.
Apesar
da tranquilidade momentânea, o treinador tem consciência do que
significa uma derrota em um clássico para os bastidores do clube. A demissão do treinador significaria
o pagamento de uma multa pela rescisão de seu contrato, que termina
apenas no fim de 2015. Além disso, Jayme tem a seu favor o número grande
de jogadores machucados, além da perda de nomes importantes no time,
como Elias, e o atraso na volta de Luiz Antonio, que havia entrado em
litígio com o clube.
O vice-presidente de futebol, Wallim
Vasconcelos, sempre demonstrou apoio ao trabalho de Jayme, como havia
acontecido depois da eliminação da Taça Libertadores. Na manhã desta
segunda-feira, ele não foi encontrado para falar sobre a pressão para a
saída do treinador.
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