Os
protestos de boa parte da torcida do Flamengo quanto ao preços dos
ingressos para os jogos do clube, especialmente no Maracanã, parecem não
estar passando batidos pela diretoria do clube. Em coletiva de imprensa
na manhã desta sexta-feira, no auditório Rogério Steingberg, na sede do
clube, para promover o Final Four
da Liga das Américas, que acontecerá nos próximos dias 21 e 22 de
março, no Ginásio do Maracañazinho, o presidente Eduardo Bandeira de
Mello admitiu que há conversas em andamento entre a diretoria e o
Consórcio que administra o estádio para a readequação dos preços das
entradas. Sem entrar em detalhes, o mandatário máximo rubro-negro
explicou que esta situação seria pontual para determinadas partidas.
-
Posso adiantar que nós estamos buscando junto à concessionária e ao
Governo do Estado um mecanismo criativo para tentar, em alguns jogos,
pelo menos, um tipo de promoção. Não posso adiantar ainda, mas estamos
buscando esta solução. Não é uma tarefa fácil, dadas as atuais
condições, conciliar as duas coisas. Nós não queremos abrir mão da nossa
saúde financeira - revelou.
Bandeira acrescentou ainda por que não acha uma tarefa simples baixar os preços.
- Muitas vezes as pessoas chegam para a gente e falam para colocar os
ingressos a R$ 5 que a torcida lota. Se colocarmos a R$ 5,
a gente não só não vai levar nenhum dinheiro para casa, como vai ter
que pagar, já que o custo de cada espectador é de R$ 10, mais taxas.
Incidente com o filho
O
presidente do Flamengo comentou ainda sobre o incidente envolvendo um
de seus filhos e integrantes de torcidas organizadas no último domingo,
antes do clássico contra o Botafogo. Na companhia de amigos, o rapaz
bebia tranquilamente uma cerveja nos bares próximos ao Maracanã, em
ponto conhecido por ser frequentado por muitos torcedores antes das
partidas do Rubro-Negro. Em certo momento, dezenas de integrantes de
torcidas organizadas - que também se concentram no mesmo local -
interpelaram o filho de Bandeira em tom elevado. Entre outros assuntos,
eles se referiram ao alto preço dos ingressos, ao fim das gratuidades e
usaram a tática da intimidação. Os ânimos ficaram exaltados, mas não
houve agressão física, apenas verbal.
- O que aconteceu com o
meu filho, que vocês noticiaram, foi uma covardia. Mas eu acredito que
tenha sido um fato isolado e vamos torcer para que não se repita -
finalizou Bandeira.
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