sexta-feira, 14 de março de 2014

Flamengo busca 'mecanismo criativo' para reduzir preços dos ingressos


Os protestos de boa parte da torcida do Flamengo quanto ao preços dos ingressos para os jogos do clube, especialmente no Maracanã, parecem não estar passando batidos pela diretoria do clube. Em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira, no auditório Rogério Steingberg, na sede do clube, para promover o Final Four da Liga das Américas, que acontecerá nos próximos dias 21 e 22 de março, no Ginásio do Maracañazinho, o presidente Eduardo Bandeira de Mello admitiu que há conversas em andamento entre a diretoria e o Consórcio que administra o estádio para a readequação dos preços das entradas. Sem entrar em detalhes, o mandatário máximo rubro-negro explicou que esta situação seria pontual para determinadas partidas.

- Posso adiantar que nós estamos buscando junto à concessionária e ao Governo do Estado um mecanismo criativo para tentar, em alguns jogos, pelo menos, um tipo de promoção. Não posso adiantar ainda, mas estamos buscando esta solução. Não é uma tarefa fácil, dadas as atuais condições, conciliar as duas coisas. Nós não queremos abrir mão da nossa saúde financeira - revelou.

Bandeira acrescentou ainda por que não acha uma tarefa simples baixar os preços.

- Muitas vezes as pessoas chegam para a gente e falam para colocar os ingressos a R$ 5 que a torcida lota. Se colocarmos a R$ 5, a gente não só não vai levar nenhum dinheiro para casa, como vai ter que pagar, já que o custo de cada espectador é de R$ 10, mais taxas.

Incidente com o filho

O presidente do Flamengo comentou ainda sobre o incidente envolvendo um de seus filhos e integrantes de torcidas organizadas no último domingo, antes do clássico contra o Botafogo. Na companhia de amigos, o rapaz bebia tranquilamente uma cerveja nos bares próximos ao Maracanã, em ponto conhecido por ser frequentado por muitos torcedores antes das partidas do Rubro-Negro. Em certo momento, dezenas de integrantes de torcidas organizadas - que também se concentram no mesmo local - interpelaram o filho de Bandeira em tom elevado. Entre outros assuntos, eles se referiram ao alto preço dos ingressos, ao fim das gratuidades e usaram a tática da intimidação. Os ânimos ficaram exaltados, mas não houve agressão física, apenas verbal.

- O que aconteceu com o meu filho, que vocês noticiaram, foi uma covardia. Mas eu acredito que tenha sido um fato isolado e vamos torcer para que não se repita - finalizou Bandeira.


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