O
ano de 2013 já ficou para trás, mas as memórias da melhor temporada da
carreira ainda não saem da cabeça de Gegê. Campeão da quinta edição do
NBB, atuando por quase 15 minutos na finalíssima, campeão do estadual,
sendo titular na campanha, e líder, capitão e campeão do time sub-22 na
Liga de Desenvolvimento de Basquete na última semana mostram que o
menino de 22 anos está no caminho certo.
Depois da ida para o
basquete espanhol aos 17 anos, quando foi atuar no Torrejon, e uma
primeira passagem sem muito brilho pela Gávea em 2011, o armador
precisou voltar ao Tijuca - clube onde começou a carreira - para ganhar a
experiência e a confiança necessárias para engrenar dois anos mais
tarde no time mais tradicional da modalidade no Rio de Janeiro.
Gegê, Chupeta e Douglas após o título do Flamengo na LDB (Foto: Fabio Leme)
- Foi um ano maravilhoso. Ser campeão no adulto e também no sub-22 é
muito bom, além de está sendo meu momento de afirmação na equipe do
Flamengo, que está no NBB. Sou novo, tenho muito a evoluir e não tem
esta de não querer atuar entre os mais jovens, não tenho este tipo de
ego, vaidade. O que eu quero é marcar meu nome na história do Flamengo e isto só
vem com títulos - afirmou Gegê.
Gegê em ação contra o Minas na última semana. O armador foi decisivo na conquista rubro-negra (Foto: Fabio Leme)
A
mudança na forma de atuar dentro de quadra veio através de observações
fora dela, já que é acostumado a conversar muito com seu pai, mas,
principalmente, pelo amadurecimento de sua personalidade, o que é visto
durante as partidas.
- Converso muito com meu pai, que foi
atleta, e ele sempre fala que eu tenho que agarrar todas as
oportunidades que passam. Tento sempre fazer isto. Outra coisa
importante é que estou me sentindo com liberdade para falar com o
pessoal, dar opinião, poder fazer isto em quadra também. Teve um momento
que eu não estava sendo - admitiu o camisa 19.
E
as oportunidades apareceram. A melhora técnica do armador veio muito
por conta do aumento de seu tempo em quadra, devido às lesões de
Marcelinho, Marquinhos e Benite. Fundamental na distribuição de jogo do
quinteto rubro-negro ao lado de Laprovittola, Gegê sonha em levantar
mais um troféu com a camisa do clube para, quem sabe, alçar voos
maiores.
- Em 2014, eu pediria o título inédito da Liga das
Américas, que não temos e depois sonhar com a seleção brasileira. Este
ano fui convocado para a seleção de novos e foi muito bom. O (José) Neto
vem me ajudando bastante, o (Rúben) Magnano (técnico da seleção) sempre
está por aqui vendo os jogos. Mas sei que tenho muito a crescer ainda,
que está cedo. Mas sonhar, sempre sonho - completou.
Gegê pela seleção de novos contra o Canadá (Foto: Wander Roberto / Divulgação)
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