É
provável que o Caso Héverton passe a ser investigado também pela
promotoria de Justiça Criminal do Ministério Público de São Paulo. Até
agora, o caso está com a Justiça do Consumidor, nas mãos do promotor
Roberto Senise Lisboa.
A apuração do MP até aqui levantou "fortes indícios", nas palavras de Senise Lisboa, de que funcionários da Portuguesa receberam "vantagens indevidas" para prejudicar o clube no caso. O presidente da Lusa, Ilídio Lico, disse desconfiar da postura de dois funcionários - inclusive contou isso ao MP.
Senise e Lico desconfiam de funcionários da Lusa por conta de os procedimentos internos do clube na última semana do Campeonato Brasileiro terem fugido ao padrão do resto do torneio.
Toda segunda-feira, o departamento de futebol da Portuguesa abre uma pasta _ uma pasta física, de papel mesmo_ na qual relaciona os jogadores que por algum motivo não poderão atuar na próxima rodada.
Aparece ali quem está machucado, em tratamento, suspenso, com julgamento marcado no STJD ou tenha qualquer outro motivo que o impeça de atuar na partida seguinte. É com essa informação que a comissão técnica trabalha.
Na semana da última rodada do Campeonato Brasileiro, só o nome do atacante Gilberto estava na pasta. Héverton não. Por que não, se no dia 3 de dezembro o clube recebeu um e-mail da CBF avisando que o atleta seria julgado na sexta-feira, dia 6, dois dias antes da partida contra o Grêmio?
Héverton foi julgado, pegou uma suspensão de duas partidas, mas foi escalado no domingo - entrou no segundo tempo e pouco fez. Por isso, a Portuguesa foi punida com a perda de quatro pontos pelo STJD e acabou rebaixada.
O e-mail com o aviso do julgamento chegou para a presidência da Lusa e foi encaminhado para os departamentos jurídico e de futebol. O advogado Osvaldo Sestário recebeu este e-mail, tanto que defendeu Héverton no STJD, na sessão de 6 de dezembro.
Mas o aviso nunca chegou até a comissão técnica. O treinador Guto Ferreira foi ouvido pela promotoria, e sustentou que sempre trabalhou com a informação de que Héverton poderia jogar.
Corrobora a versão do técnico o fato de Héverton ter ficado concentrado desde sexta-feira após o treino, dividiu quarto com o volante Willian Arão. No sábado, dia seguinte ao julgamento no STJD, ele participou do último rachão da Portuguesa em 2013.
Este é um ponto. O outro é a comunicação entre Osvaldo Sestário e Valdir Rocha. O primeiro afirma que avisou a Portuguesa sobre a punição aplicada a Héverton. O segundo diz que nunca foi informado.
*Colaborou David AbramveztA apuração do MP até aqui levantou "fortes indícios", nas palavras de Senise Lisboa, de que funcionários da Portuguesa receberam "vantagens indevidas" para prejudicar o clube no caso. O presidente da Lusa, Ilídio Lico, disse desconfiar da postura de dois funcionários - inclusive contou isso ao MP.
Senise e Lico desconfiam de funcionários da Lusa por conta de os procedimentos internos do clube na última semana do Campeonato Brasileiro terem fugido ao padrão do resto do torneio.
Toda segunda-feira, o departamento de futebol da Portuguesa abre uma pasta _ uma pasta física, de papel mesmo_ na qual relaciona os jogadores que por algum motivo não poderão atuar na próxima rodada.
Aparece ali quem está machucado, em tratamento, suspenso, com julgamento marcado no STJD ou tenha qualquer outro motivo que o impeça de atuar na partida seguinte. É com essa informação que a comissão técnica trabalha.
Na semana da última rodada do Campeonato Brasileiro, só o nome do atacante Gilberto estava na pasta. Héverton não. Por que não, se no dia 3 de dezembro o clube recebeu um e-mail da CBF avisando que o atleta seria julgado na sexta-feira, dia 6, dois dias antes da partida contra o Grêmio?
Héverton foi julgado, pegou uma suspensão de duas partidas, mas foi escalado no domingo - entrou no segundo tempo e pouco fez. Por isso, a Portuguesa foi punida com a perda de quatro pontos pelo STJD e acabou rebaixada.
O e-mail com o aviso do julgamento chegou para a presidência da Lusa e foi encaminhado para os departamentos jurídico e de futebol. O advogado Osvaldo Sestário recebeu este e-mail, tanto que defendeu Héverton no STJD, na sessão de 6 de dezembro.
Mas o aviso nunca chegou até a comissão técnica. O treinador Guto Ferreira foi ouvido pela promotoria, e sustentou que sempre trabalhou com a informação de que Héverton poderia jogar.
Corrobora a versão do técnico o fato de Héverton ter ficado concentrado desde sexta-feira após o treino, dividiu quarto com o volante Willian Arão. No sábado, dia seguinte ao julgamento no STJD, ele participou do último rachão da Portuguesa em 2013.
Este é um ponto. O outro é a comunicação entre Osvaldo Sestário e Valdir Rocha. O primeiro afirma que avisou a Portuguesa sobre a punição aplicada a Héverton. O segundo diz que nunca foi informado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário