Diz o ditado que a primeira impressão é a que fica. No futebol, essa
pode até não ser a realidade, mas a imagem inicial com a camisa do Flamengo foi
suficiente para fazer com que Alecsandro diminuísse bastante as dúvidas em torno de sua contratação. Questionado,
principalmente nas redes sociais, ao trocar o Atlético-MG pelo Rubro-Negro, o
atacante chegou para ser a sombra de Hernane, e cumpriu bem seu papel na
estreia contra o Duque de Caxias, sábado, no Maracanã. Se o Brocador passou em
branco, o recém-contratado deixou sua marca e incomodou bastante a defesa
rival.
Foram apenas 29 minutos em campo. O período, por sua vez, foi
suficiente para empolgar "Alecgol". O atacante agradeceu o apoio dos
companheiros nas primeiras semanas de Flamengo e previu um 2014 de muita bola
na rede:
- Feliz por estrear. A situação foi difícil, com o time perdendo, mas
estrear é bom. Com gol, melhor ainda. Para ter sido 100%, a vitória teria que
acontecer. Pela grandeza do Flamengo, jogar no Maracanã é obrigação de vencer,
mas foi positivo. Foi uma das estreias mais tranquilas que tive. Pelo ambiente
que os jogadores me proporcionaram, parece que tenho anos de Flamengo. Entrei
relaxado e tranquilo. Espero que seja o primeiro de muitos.
Mesmo com um bom cartão de visitas, Alecsandro fez questão de frisar que
tem muito mais a dar ao Fla. Por conta da participação do Galo no Mundial de
Clubes, o jogador foi quem teve o menor período de férias entre todos do elenco
rubro-negro, mas não se incomoda pelo sacrifício.
- Entrei de férias no dia 24 de dezembro, quando voltamos do Marrocos,
e já me apresentei aqui no dia 10. Foram poucos dias. Teria mais dez dias de
férias e recebi o pedido de me apresentar o mais rápido possível. Abri mão das
férias, da família, para trabalhar. A forma não é a ideal, isso vem com o
tempo. O time que vai jogar a Libertadores teve dificuldade, cansaço, mas com
um ou dois jogos vamos ter a forma ideal.
Artilheiro do Brasil em 2013, Hernane tem vaga cativa no ataque do
Flamengo. Alecsandro, entretanto, deixa claro que não vai se satisfazer com a
condição de reserva e lembra que é possível, sim, atuar junto com o Brocador,
como aconteceu diante do Duque.
- A relação de querer ser titular e jogar tem que acontecer. Se fosse o
técnico, ficaria chateado com jogador acomodado. A todo momento quero jogar,
ajudar. Fiquei feliz pela confiança do professor Jayme de me colocar em outra
função, como armador com o time perdendo. Foi uma decisão um pouco arriscada,
que poderia dar errado, e acabou dando certo. Comentei que naquela função acabo
dando uns contra-ataques, mas a bola que acerto pode ser gol. O torcedor
entendeu isso. O Jayme me disse: "Vai e pega a bola no pé do
volante".
O atacante discordou ainda das teorias de que sua presença ao lado de
Hernane deixaria o Fla com dois homens de área.
- Quando eu e o Hernane estivermos em campo, não serão dois camisas 9.
Um vai ter que sair mais da área, fazer a função de armador. É normal perder
algumas bolas por conta das características, mas a intenção é ajudar, ter mais
um homem ofensivo na partida.
Por fim, Alecsandro falou da expectativa para partida de quarta-feira,
contra o Friburguense, fora de casa. Apesar de o rival ter sido goleado por 6 a
0 pelo Vasco na última rodada, o atacante não acredita em facilidade para o Fla
chegar aos dez pontos na Taça GB.
- Qualquer competição hoje é difícil. Tivemos uma demonstração disso em
casa, no Maracanã. Tomamos 2 a 0 e poderíamos ter perdido. Contra o
Friburguense, não vai ser diferente. Temos que respeitar independentemente do
resultado passado, se foi de seis ou de um. Não interessa. Temos que jogar para
frente, para ganhar. Esse é o Flamengo.
Flamengo e Friburguense se enfrentam às 17h (de
Brasília) de quarta-feira, no Eduardo Guinle, em Nova Friburgo, pela quarta
rodada da Taça Guanabara. Com sete pontos, o time de Jayme de Almeida é
vice-líder da competição.
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