Revigorado e aliviado. Esse é o Flamengo de Mano Menezes após a vitória por 3 a 0 sobre o Atlético-MG, neste domingo, no Mané Garrincha, em Brasília, pela 11ª rodada do Brasileirão. Após a derrota pelo mesmo placar, quarta-feira, em Salvador, o treinador evitou fazer drama, mas sabia que só um triunfo diante do campeão da Libertadores evitaria que a entrada na zona de rebaixamento acarretasse um turbilhão de problemas. A goleada traz paz ao Rubro-Negro e, principalmente, recoloca a equipe em uma linha ascendente, como o próprio Mano tem frisado bastante.
- Fizemos uma grande partida. Vencer o Atlético nas circunstâncias
atuais é muito difícil. É o atual campeão da Libertadores e tem um grupo
muito qualificado. Mesmo sem o time completo, venceu o Corinthians no
Pacaembu. Entendemos que tínhamos que propor algo diferente dos últimos
jogos, mas sem abrir mão da filosofia. Não podemos aceitar nossas
limitações. Temos que conviver com elas e sempre puxar para cima. Isso é
mérito da continuidade do trabalho. Disse aos jogadores que o único
jogo que fugiu da condição de crescimento foi contra o Bahia. Tínhamos
que dar uma resposta ao nosso torcedor.
Diante do Galo, Mano mudou a forma de atuar da equipe e escalou um trio
de volantes, com Cáceres plantado na frente da zaga e Luiz Antonio e
Elias com maior liberdade para atacar. O tiro foi certeiro e a dupla
teve atuação destacada. De acordo com o treinador, o Fla soube utilizar
os espaços dados pelo ofensivo time mineiro.
- Sabíamos que se mantivéssemos o posicionamento bem organizado
teríamos espaço para atacar. O Atlético tem essa característica de jogo a
temporada inteira, toma a iniciativa, está confiante. Mas às vezes,
quando não encaixa na parte ofensiva, oferece espaços e soubemos
utilizá-los. Tivemos também mais paciência para criar, na última bola.
Vínhamos errando muito essa tomada de decisão, estava abaixo do nível
que queremos e precisamos. Os dois primeiros gols foram muito bem
trabalhados, principalmente o segundo.
Em vantagem, o Flamengo se fechou no segundo tempo e apostou na
velocidade de Rafinha e Nixon – depois Paulinho – nos contra-ataques.
Mano acredita que a mudança de postura é natural pela necessidade do
Atlético-MG buscar uma reação.
- Um adversário como o Atlético-MG não ia aceitar uma derrota de forma
natural. O Cuca fez alterações e botou o time para frente, o Neto
(Berola) no lado de campo, depois dois homens de área. Eles pressionaram
e, em determinados momentos, tivemos dificuldade para reter a bola na
frente. Ainda assim, raramente oferecemos oportunidades de gol. Fomos
maduros como equipe - analisou.
Com 13 pontos, o Flamengo é o 12º colocado no Brasileirão e encara a
Portuguesa, quarta-feira, novamente no Mané Garricha, em Brasília.
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