domingo, 4 de agosto de 2013

Mano e a volta por cima: ‘Tínhamos que dar resposta ao torcedor’


Revigorado e aliviado. Esse é o Flamengo de Mano Menezes após a vitória por 3 a 0 sobre o Atlético-MG, neste domingo, no Mané Garrincha, em Brasília, pela 11ª rodada do Brasileirão. Após a derrota pelo mesmo placar, quarta-feira, em Salvador, o treinador evitou fazer drama, mas sabia que só um triunfo diante do campeão da Libertadores evitaria que a entrada na zona de rebaixamento acarretasse um turbilhão de problemas. A goleada traz paz ao Rubro-Negro e, principalmente, recoloca a equipe em uma linha ascendente, como o próprio Mano tem frisado bastante.

- Fizemos uma grande partida. Vencer o Atlético nas circunstâncias atuais é muito difícil. É o atual campeão da Libertadores e tem um grupo muito qualificado. Mesmo sem o time completo, venceu o Corinthians no Pacaembu. Entendemos que tínhamos que propor algo diferente dos últimos jogos, mas sem abrir mão da filosofia. Não podemos aceitar nossas limitações. Temos que conviver com elas e sempre puxar para cima. Isso é mérito da continuidade do trabalho. Disse aos jogadores que o único jogo que fugiu da condição de crescimento foi contra o Bahia. Tínhamos que dar uma resposta ao nosso torcedor.

Diante do Galo, Mano mudou a forma de atuar da equipe e escalou um trio de volantes, com Cáceres plantado na frente da zaga e Luiz Antonio e Elias com maior liberdade para atacar. O tiro foi certeiro e a dupla teve atuação destacada. De acordo com o treinador, o Fla soube utilizar os espaços dados pelo ofensivo time mineiro.

- Sabíamos que se mantivéssemos o posicionamento bem organizado teríamos espaço para atacar. O Atlético tem essa característica de jogo a temporada inteira, toma a iniciativa, está confiante. Mas às vezes, quando não encaixa na parte ofensiva, oferece espaços e soubemos utilizá-los. Tivemos também mais paciência para criar, na última bola. Vínhamos errando muito essa tomada de decisão, estava abaixo do nível que queremos e precisamos. Os dois primeiros gols foram muito bem trabalhados, principalmente o segundo.

Em vantagem, o Flamengo se fechou no segundo tempo e apostou na velocidade de Rafinha e Nixon – depois Paulinho – nos contra-ataques. Mano acredita que a mudança de postura é natural pela necessidade do Atlético-MG buscar uma reação.

- Um adversário como o Atlético-MG não ia aceitar uma derrota de forma natural. O Cuca fez alterações e botou o time para frente, o Neto (Berola) no lado de campo, depois dois homens de área. Eles pressionaram e, em determinados momentos, tivemos dificuldade para reter a bola na frente. Ainda assim, raramente oferecemos oportunidades de gol. Fomos maduros como equipe - analisou.

Com 13 pontos, o Flamengo é o 12º colocado no Brasileirão e encara a Portuguesa, quarta-feira, novamente no Mané Garricha, em Brasília.

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