Se a relação azedou entre o maior ídolo do Flamengo, Zico, e a gestão
de Patricia Amorim, o carinho que o ex-jogador recebe da nova diretoria
do clube será traduzido em uma homenagem que, até hoje, o craque só
recebeu no Japão, onde atuou no fim da carreira, sendo reconhecido por
elevar o futebol do país a um nível profissional. O presidente Eduardo
Bandeira de Mello e seus executivos já encomendaram uma estátua do
ídolo, que será inaugurada no dia 3 de março, dia em que o Galinho de
Quintino completará 60 anos, em festa na sede social. O molde de argila
já está pronto, e a estátua ficará na calçada da fama do clube, na
entrada principal da Gávea. Os dirigentes, porém, mantêm sigilo sobre o
local onde a homenagem será preparada, bem como o custo e o material
usado (especula-se bronze).
Zico apoiou abertamente a candidatura de Wallim Vasconcellos, que
acabou impugnado por questões relacionadas ao seu tempo como associado e
foi substituído por Bandeira de Mello na presidência. Depois de anos
afastado, ele retornou ao clube como diretor executivo de futebol de
Patricia Amorim, em junho de 2010. Abarrotado por problemas como a
prisão de Bruno e a saída de Adriano, Zico ficou apenas alguns meses no
cargo, deixando o clube sob ataques do Conselho Fiscal, na voz do
presidente do órgão, Leonardo Ribeiro. Sem respaldo, Zico acabou
deixando a Gávea magoado, comunicando a decisão através do seu site
oficial.
Amigo de Luiz Eduardo Baptista, o Bap, presidente da Sky e atual vice
de marketing do Flamengo, Zico se aproximou da Chapa Azul em oposição à
Patricia Amorim, derrotada nas urnas no dia 3 de dezembro. Logo após a
vitória do grupo, o Galinho manifestou sua felicidade com o resultado nas urnas rubro-negras.
- Eu apoio com convicção pessoas em quem eu acredito. Eles, inclusive,
queriam me ajudar no tempo em que eu estava lá. Vão encontrar
dificuldades, estou certo, mas têm inteligência suficiente para fazer o
melhor para o Flamengo - disse o ídolo, na ocasião.
Zico tem estátua em frente ao estádio do Kashima Antlers, no Japão (Foto: AFP)
A homenagem da nova diretoria a Zico não se resumirá ao monumento. Está
sendo preparada uma música para a festa por quatro compositores:
Arlindo Cruz, Sandra de Sá, André Diniz e Evandro Bocão. Para
interpretar, além dos autores, deverão ser convidados artistas
rubro-negros, como Diogo Nogueira, Neguinho da Beija Flor, Moraes
Moreira e Jorge Ben Jor.
O movimento "Zico 60 anos", que já invadiu as redes sociais, terá
também campanha nesta sexta-feira, no Centro, com distribuição de
adesivos, camisas e colocação de faixas. Os
líderes do movimento pedem que, no dia 3 de março, os rubro-negros de
todo o Brasil vistam a camisa do clube em homenagem ao craque.
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