O Flamengo mostrou que é um novo clube também na política de preço
dos ingressos. Em reunião nesta terça-feira, o Rubro-Negro enfrentou a
federação e decidiu não reduzir o valor das entradas de alguns setores
do estádio no Carioca. A medida desagradou também a algumas torcidas
organizadas.
Na reunião, que também teve a presença de Botafogo, Fluminense e
vasco, a Ferj recomendou um preço único de R$ 20 na arquibancada para a
entrada inteira. A diretoria do Flamengo manteve a posição de cobrar
esse valor apenas nos setores atrás dos gols. Nos lugares nas laterais
do campo, os mais centrais, o preço continuará a ser de R$ 40.
Essa posição visa deslocar as torcidas organizadas para os locais
menos nobres do estádio, seguindo uma prática do mundo todo – os
lugares centrais são sempre os mais caros. A Torcida Jovem, que
tradicionalmente fica nos cantos do estádio, não sentiu a mudança, mas
outras, inclusive a raça Rubro-Negra, a maior do Rio, que sempre ocupa o
centro da arquibancada, se colocaram contra.
Na primeira rodada do Carioca, contra o Quissamã, há dez dias, as
torcidas Nação 12, Raça Rubro-Negra e Fla-Manguaça fizeram uma
manifestação pacífica contra o aumento de preço (de R$ 30 para R$ 40).
Diretores da Raça dizem que a razão do protesto é que não recebem
ingressos e que compram pelo valor inteiro. Dirigentes de outras
torcidas dizem que a Raça, como todas as outras, compra pelo valor de
meia-entrada.
A proposta da Ferj não atinge Botafogo, vasco e Fluminense porque nos
jogos deste Estadual, cobraram R$ 20 em alguns setores. O Tricolor e o
Alvi-Negro vão estudar a proposta de unificar os valores e depois dar
uma resposta. Já o Vasco, que joga em São Januário, mantêm o preço das
arquibancadas no valor mínimo.
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