sábado, 13 de outubro de 2012

Irmãos Hypolito revelam ambição por medalha olímpica em 2016


Diego e da Daniele Hypolito londres 2012 olimpiadas (Foto: Lydia Gismondi / GLOBOESPORTE.COM)
O sobrenome Hypolito é referência no Brasil quando se trata de ginástica artística. Os irmãos Daniele e Diego, que defendem o Flamengo, figuram entre os principais nomes do esporte no País, com títulos nacionais e internacionais. Entretanto, falta a medalha mais importante para a dupla: a olímpica.

Mas apesar do fracasso nas últimas edições dos jogos olímpicos, eles ainda mantém o sonho da conquista e se mostram motivados para buscar o pódio no Rio de Janeiro, em 2016. Diego Hypolito já revelou a sua estratégia para estar bem nas Olimpíadas: evitar lesões.

- O grande objetivo é entrar no ciclo olímpico bem, com menos lesões. Logo que passou as Olimpíadas (de Londres) eu vim para São Paulo operar o ombro e o pé, que eu tinha que ter operado há algum tempo. Vou priorizar também um pouco a minha saúde. Se eu fizer isso, com certeza, vou chegar nas Olimpíadas do Rio de Janeiro inteiro. Esse é o objetivo. Chegar mais inteiro, com menos lesões.

Sobre as Olimpíadas anteriores que disputou, em Pequim e Londres, Diego acredita que o alto número de lesões pode ter prejudicado seu desempenho. Ele comentou que ter começado a temporada em ritmo forte não foi uma boa escolha.

- Os dois anos de Olimpíada, tanto em Pequim quanto em Londres, foram anos que eu operei muito. Esse ano operei três vezes, o ombro, joelho e pé. Estou tentando partir para esse próximo ciclo de uma forma diferente. Não vou pegar no primeiro ano e ir pra todas Copas do Mundo e Mundiais. Não quero ir super bem no primeiro ano, cair de rendimento nos seguintes e chegar nas Olimpíadas todo machucado.

Diego Hypolito publica foto direto de Hospital Samarinato (Foto: Reprodução/Twitter) 
Diego Hypolito após passar pela operação no pé (Foto: Reprodução/Twitter)

Já Daniele acredita que se ainda não ganhou uma medalha foi porque não chegou a hora. Ela disse que tem paciência para esperar o grande momento e colocou o destino nas mãos de Deus.

- Tem o momento certo pra tudo. De repente, se eu já tivesse ganho uma medalha, talvez já tivesse parado. Claro, falta a tão sonhada medalha olímpica que rezo todos os dias pra conquistar. Mas agradeço também por todas as coisas que acontecem. Acho que se não é Deus a gente também não é nada. Temos que acreditar. Tudo tem uma hora certa pra acontecer. Não basta você ter pressa, querer passar com a carroça na frente dos bois. Acho que quando Deus determina uma coisa ele sabe a hora que vai acontecer.

A ginasta espera ser um modelo para as pessoas. Aos 28 anos,  a atleta, que terá 31 anos durante os jogos olímpicos, que ser um exemplo de resistência para outros competidores.

-  Talvez Deus queira que eu continue para mostrar as pessoas que você pode ser resistente e ficar no esporte quantos anos você achar quer aguenta. Não aquela coisa que com 22 anos a pessoa já vai afastando o atleta do esporte. Eu estou conseguindo quebrar uma barreira diferente - ressaltou Daniele.

Bate-papo com no dia das crianças
Os dois ginastas estiveram em Santos, no litoral de São Paulo, na última sexta-feira, dia das crianças, e conversaram com jovens que foram até o Sesc-Santos. Daniele tentou passar para os pequenos a ideia de valorizar o esporte e mostrar que é possível construir uma vida sendo um atleta.

- Tudo que a gente tem hoje, de poder ajudar a família, ter um apartamento, nossas coisas, foram construídos através da ginástica. Então, não podemos deixar de valorizar aquilo que a gente construiu por causa do nosso esporte.

Por outro lado, Diego quis mostrar que nada é impossível quando se acredita em algo. Ele destacou a origem simples e o esforço para superar obstáculos.

- Muitas vezes quando a criança está em casa, acha que tem muitas dificuldades, que não tem a possibilidade. Exatamente esse é o motivo estarmos aqui. Quando começamos éramos super pobres, de raízes muito humildes. Acreditamos nos nossos sonhos. Nossos pais nos ajudaram muito para que a gente pudesse conhecer o mundo afora, ter resultados. Não desistimos no primeiro obstáculo. Caiu? Levanta, de cabeça erguida, e parte para o próximo obstáculo. Esse é o exemplo que a criança tem que ter.

Daniele Diego Hypolito ginástica sesc santos (Foto: Reprodução / TV Tribuna) 
Daniele e Diego Hypolito conversam com crianças em Santos (Foto: Reprodução / TV Tribuna)

Nenhum comentário:

Postar um comentário