sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Frauches elogia Dorival e critica Joel: 'Não sabia falar meu nome. Era só 29'


Neymar e Frauches Santos x Flamengo (Foto: Ricardo Saibun / Ag. Estado)
As dores de Welinton na coxa esquerda, em setembro, deram a Frauches a chance de assumir a vaga de titular da zaga rubro-negra. Mas a principal mudança para a evolução do defensor aconteceu bem antes, quando Dorival Junior substituiu Joel Santana à frente da equipe. O jogador elogiou o novo comandante e disse que se sentia desmotivado com o ex-treinador, que não o dava chances no time e só o chamava pelo número.

- O Dorival sempre passou que tem que dar a vida no treino. Se ele puder dar oportunidade, ele vai dar. Com o Joel era diferente, não sabia nem falar meu nome, chamava pelo número da camisa. Era só 29. Até desmotivava. Dorival é um cara culto, diferente. Eu esperei. A gente acha que é o momento, mas o professor acha que não é. A oportunidade chegou, estou abraçando e mostrando meu futebol. Não me confirmo como titular, estou trabalhando para ter essa confirmação ainda - declarou, em entrevista à Rádio Brasil.
 
Demitido em julho do Flamengo, Joel Santana alega que não fala mais sobre o período no clube. Em casa e se recuperando de cirurgia, ele preferiu fugir da polêmica com o zagueiro.

- Cada um fala o que quer, diz o que pensa. Não estou mais aqui para isso, minha relação com o Flamengo acabou em julho. Dá um beijo no garoto e diz que desejo boa sorte a ele.

Frauches subiu para o profissional do Flamengo este ano e recebeu sua primeira oportunidade com Vanderlei Luxemburgo. Destro, ele conta que teve de se adaptar a jogar pelo lado esquerdo desde os juniores, afirma que no time de cima ele não avança tanto ao ataque, mas sonha com o primeiro gol pela equipe principal.

- Sempre joguei pelo lado direito no juvenil. No Juniores, Marlon já jogava lá, tive que trocar. Já me acostumei. Eu estou me controlando porque nos juniores eu pegava a bola e ia embora. Ali é diferente, os volantes vêm buscar a bola. Aí vou soltando um pouco. Tenho que marcar também, prestar atenção no contra-ataque. Na cabeça tem problema isso, mas estou trabalhando para poder melhorar. Estou doidinho para fazer um gol com a camisa do Flamengo no profissional - deseja o zagueiro, que marcou um gol na final da Copa São Paulo de Futebol Junior, em 2011.

Com Fábio Luciano como espelho, o zagueiro busca seguir a mesma trajetória do ídolo no clube e garante não ter preferência pelo companheiro do setor. No momento, o Flamengo tem como opções para a defesa, além de Frauches, González, Welinton, Marllon, Arthur Sanches e Renato Santos, que chegou machucado do Avaí e ainda não estreou.

- A zaga do Flamengo sempre teve grandes craques. Substituir um Fábio Luciano demora, e a torcida não tem paciência. Tem que trabalhar. Ele é meu ídolo, dentro e fora de campo, era excepcional. Não tive contato com ele porque estava no juniores, mas via comentários, histórias, parecia bastante culto e preparado. O González é mais sereno, mais experiente. Está me passando muitas coisas boas. Todos já jogaram com todos, estão acostumados. Não tenho muita complicação nesse lado de companheiro de zaga.


Fred e Jô, os mais difíceis de parar

Apesar da curta experiência entre os profissionais, Frauches já ficou incumbido de marcar jogadores consagrados no futebol brasileiro, como Neymar, por exemplo. Mas ao avaliar os mais difíceis de se parar, ele vota em Fred, do Fluminense, e Jô, do Atlético-MG.

- O Fred e o Jô foram bastante complicados. Sabem usar o corpo, tive que apelar para outras qualidades minhas para roubar a bola. Dei distância. É complicado marcar.




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