Depois de se pronunciar pelo Twitter, o atacante Adriano
detalhou na noite desta quarta-feira, através de sua assessoria de
imprensa, a sua versão para os acontecimentos do último fim de semana,
quando faltou aos treinos do Flamengo na sexta à tarde, no sábado e no
domingo. Em nota oficial enviada ao GLOBOESPORTE.COM, a assessora do
jogador, Renata Battaglia, diz que o jogador foi a uma boate na Barra da
Tijuca na noite de sexta e dormiu no Hotel Sol da Barra, no mesmo
bairro do Rio, acompanhado. Ele deveria ir ao treino do Rubro-Negro às
9h30m de sábado, mas não apareceu na Gávea. Segundo a assessoria, ele
foi para casa no sábado e, em seguida, para o aeroporto, de onde
embarcou para São Paulo.
Junto à nota, Renata enviou uma foto que mostraria Adriano no
aniversário da filha de um amigo em São Paulo - de camisa preta ao lado
de dois amigos. Mais cedo, a assessora havia publicado no Twitter outra
foto - com a legenda "olha onde o @adrianoimperador estava" - de camisa
branca e com duas crianças.
A razão da viagem para São Paulo seria o aniversário da filha de Thiago
Rivera, amigo de Adriano. Ainda segundo a nota enviada por Renata,
Adriano voltou de São Paulo no domingo (e, apesar disso, não compareceu
ao treino previsto no Ninho do Urubu). Renata enviou também a nota
fiscal emitida nesta quarta-feira pela empresa Travel Flash, de Niterói,
do fretamento do jatinho que, segundo ela, levou o jogador para São
Paulo.
O GLOBOESPORTE.COM telefonou para a Travel Flash - que confirmou que o
avião foi fretado - e informou um cronograma um pouco diferente do
apresentado pela assessoria do jogador:
- Eles fretaram conosco o avião que saiu do Rio no sábado umas 17h ou
18h... do Galeão para Congonhas. E voltaram ao Rio na segunda-feira ao
meio-dia saindo de Congonhas e pousando no Santos Dumont - disse Pablo
Cardoso, um dos donos da empresa.
Pablo passou para a reportagem o telefone do comandante Wilson Braga,
que teria sido o responsável pelo voo. Braga inicialmente disse que não
havia levado "Adriano algum" para São Paulo. Cinco minutos depois, em
novo telefonema, mudou de ideia:
- Ele realmente viajou comigo. Eu não queria falar porque era uma informação privada de um passageiro.
No Hotel Sol da Barra, a recepção confirmou a hospedagem de Adriano - mas também informou datas diferentes.
- Ele entrou aqui na quarta, dia 26. E saiu no domingo, dia 30 - disse um funcionário.
Ligação em espera
Em contato por telefone, Renata Battaglia afirmou que Adriano não
conseguiu falar com o diretor de futebol do Flamengo, Zinho, para avisar
que faltaria ao treino de sábado porque não conhece plenamente as
funções de seu telefone celular. Segundo a assessora, no momento em que
Zinho ligou, o atacante conversava com a mãe ao telefone, para desabafar
sobre seu momento difícil, e não conseguiu deixar a ligação em espera.
Na sequência, em vez de retornar a ligação, o jogador preferiu mandar
uma mensagem de texto ao dirigente.
Em reportagem publicada nesta quarta-feira, o GLOBOESPORTE.COM informou
que Adriano passou parte do fim de semana na favela do Chapadão. E que,
na manhã de sábado, o jogador enviou algumas mensagens de SMS para o
gerente de futebol, Zinho, avisando que não treinaria e pedindo que ele
"segurasse essa" - ou seja, perdoasse mais uma falta. A assessoria
confirmou que Adriano enviou uma mensagem - mas negou que ele tenha
estado na favela - dizendo que ele foi do hotel para casa e de lá direto
para São Paulo.
Segundo Pablo Cardoso, o embarque do jogador só se deu na tarde de
sábado. Outra divergência entre os relatos da assessoria e da agência é a
data do retorno de Adriano. Segundo Cardoso e o comandante Braga, o
atleta voltou de São Paulo na segunda de manhã (11h30m) - direto pro
treino. Na nota, Renata Battaglia informou que o jogador voltou da
viagem no domingo. Adriano não compareceu aos treinos de sexta, sábado e
domingo no Flamengo.
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