Sérgio Sales, morto semana passada, escrevera aos pais sobre ameaças que teria sofrido
Uma carta escrita em 2010 traz novas informações ao caso Bruno.
Conforme exibiu o “Fantástico”, da TV Globo, na noite de ontem, Sérgio
Rosa Sales, primo do ex-goleiro Bruno Fernandes que foi assassinado na
quarta-feira, contou aos pais, em carta, que sofrera ameaças para que
alterasse o teor de seu primeiro depoimento, que envolvia Bruno na morte
de Eliza Samúdio. O texto, de julho de 2010, foi escrito por Sérgio
logo após a reconstituição do crime, feita pela polícia. Porém, o primo
do goleiro deu uma nova versão três dias depois, declarando ter sido
procurado para alterar a sua versão sobre o crime:
“O meu advogado
é e continuará sendo o doutor Marco Antonio Siqueira. Só falei a
verdade. O doutor não me mandou falar isso ou aquilo. Eu não confio em
outros advogados. Não mande aqui outros advogados porque eu não vou
trocar o meu. Tudo que eu falei para polícia no meu depoimento para
polícia eu falei porque quiz (sic). Outros advogados estão vindo aqui
talves (sic) mandado por outros advogados para mudar a minha cabeça no
meu depoimento”, escreveu ele aos pais.
Francisco Simin, um dos
defensores do goleiro, negou ao “Fantástico” que tivesse ocorrido
qualquer tipo de pressão para que Sérgio alterasse seu depoimento à
polícia.
Na carta, Sérgio ainda confirma que Bruno estava no carro
com Macarrão e um menor quando voltaram ao sítio com Eliza morta, e que
ele não quis vê-la. Sérgio afirma ainda que o goleiro foi informado de
que o corpo de Eliza fora jogado aos cães.
Na segunda versão,
Sérgio inocentou o atleta e disse que estava com Bruno no sítio no
momento do crime. E a rescentou que testemunhou uma discussão entre
Bruno e Macarrão após a morte de Eliza.
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