O segundo semestre deste ano marca um período normalmente turbulento na
Gávea. As eleições para presidência do Flamengo movimentam os
bastidores do clube. Enquanto a oposição procura alinhar as ideias para
ter mais força na tentativa de frustrar a reeleição de Patrícia Amorim, a
chapa de situação também não está definida. A própria mandatária não
assegura que concorrerá novamente. O seu vice, Hélio Ferraz, avisou que
não deseja se candidatar à presidência. Entre os opositores, cinco se
colocaram como candidatos - mesmo número da úlltima eleição. Todas as
chapas terão de ser inscritas obrigatoriamente até o dia 1° de outubro
(consta dia 28 de setembro no calendário oficial, mas a secretaria do
Conselho de Administração comunicou a alteração da data aos candidatos e
deverá corrigir o documento).
A presidente Patrícia Amorim não decidiu se será candidata à reeleição (Foto: Fernando Azevedo/Fla Imagem)
Anunciaram candidatura Lysias Itapicurú, Ronaldo Gomlevsky e Wallim
Vasconcellos. Por telefone, Marcos Braz, demitido por Patrícia Amorim e
que disputará eleição com a atual presidente do clube também para a
Câmara dos Vereadores, confirmou que concorrerá e terá como vice o
ex-judoca Frederico Flexa. Além deles, Jorge Rodrigues, cuja empresa,
Triunfo Logística, patrocina atualmente o Flamengo e está cobrando multa
por descumprimento do contrato, também vai se candidatar, informação
confirmada através da assessoria da empresa.
Outros dois possíveis candidatos não asseguraram participação no pleito. Delair Dumbrosk, segundo colocado em 2009, afirmou por telefone que a intenção é de não concorrer e conversar com todos para resolver qual chapa vai apoiar. Arnaldo Cardoso, por sua vez, disse que tomará a decisão de disputar ou não a eleição até o dia 7 de setembro. A assessoria de Patrícia Amorim informou que ela participará do processo eleitoral, sem confirmar, contudo, se será candidata. Gente ligada à presidente, contudo, vem atuando em prol da candidatura. Ela já estaria até procurando de forma discreta um vice de finanças para substituir Michel Levy no próximo mandato. Recentemente o dirigente teve a sua influência no futebol reduzida com a contratação de um diretor executivo de finanças, Renato Blaute.
Outros dois possíveis candidatos não asseguraram participação no pleito. Delair Dumbrosk, segundo colocado em 2009, afirmou por telefone que a intenção é de não concorrer e conversar com todos para resolver qual chapa vai apoiar. Arnaldo Cardoso, por sua vez, disse que tomará a decisão de disputar ou não a eleição até o dia 7 de setembro. A assessoria de Patrícia Amorim informou que ela participará do processo eleitoral, sem confirmar, contudo, se será candidata. Gente ligada à presidente, contudo, vem atuando em prol da candidatura. Ela já estaria até procurando de forma discreta um vice de finanças para substituir Michel Levy no próximo mandato. Recentemente o dirigente teve a sua influência no futebol reduzida com a contratação de um diretor executivo de finanças, Renato Blaute.
Apesar de haver um grande número de candidatos de oposição - até o
momento a quantidade de concorrentes de Amorim é o mesmo da última
eleição -, o fato é encarado como uma vantagem pelos partidários da
atual mandatária. Em 2009, quando eleita, ela somou pouco mais do que a
metade dos votos dos opositores juntos. A crença, portanto, é de que a
pulverização dos votos da oposição pode ser um fator decisivo no pleito.
Nas últimas eleições, Patrícia Amorim venceu com 792 dos 2.342 votos apurados, 93 votos a mais que Delair Dumbrosck. Clóvis Sahione foi o terceiro, com 388 votos; Plinio Serpa Pinto ficou em quarto, com 311 votos; Pedro Ferrer, o quinto, teve 89 votos e Lysias Itapicurú obteve 49 votos. Foram 14 votos nulos e brancos.
Presidente da comissão eleitoral rubro-negra, Marcelo Antero afirmou que ainda não estão sacramentados os requisitos que as chapas deverão preencher. Estuda-se a necessidade de autorização por escrito dos sócios para inclusão de seus nomes. No calendário oficial enviado aos candidatos, contudo, consta a instrução de que, se o nome de um sócio aparecer em mais de uma chapa, ele será "intimado" a optar por uma delas.
Para formar uma chapa, são necessários 160 nomes para o Conselho Deliberativo, incluindo 40 suplentes; 72 nomes para o corpo transitório do Conselho de Administração, contando 24 suplentes; presidente e vice-presidente da Assembleia Geral e presidente e vice-presidente do Conselho Diretor. Ou seja, cada candidato terá de apresentar 236 partidários à comissão eleitoral.
Nas últimas eleições, Patrícia Amorim venceu com 792 dos 2.342 votos apurados, 93 votos a mais que Delair Dumbrosck. Clóvis Sahione foi o terceiro, com 388 votos; Plinio Serpa Pinto ficou em quarto, com 311 votos; Pedro Ferrer, o quinto, teve 89 votos e Lysias Itapicurú obteve 49 votos. Foram 14 votos nulos e brancos.
Presidente da comissão eleitoral rubro-negra, Marcelo Antero afirmou que ainda não estão sacramentados os requisitos que as chapas deverão preencher. Estuda-se a necessidade de autorização por escrito dos sócios para inclusão de seus nomes. No calendário oficial enviado aos candidatos, contudo, consta a instrução de que, se o nome de um sócio aparecer em mais de uma chapa, ele será "intimado" a optar por uma delas.
Para formar uma chapa, são necessários 160 nomes para o Conselho Deliberativo, incluindo 40 suplentes; 72 nomes para o corpo transitório do Conselho de Administração, contando 24 suplentes; presidente e vice-presidente da Assembleia Geral e presidente e vice-presidente do Conselho Diretor. Ou seja, cada candidato terá de apresentar 236 partidários à comissão eleitoral.
- Haverá uma conversa preliminar e na semana seguinte decidiremos com
toda a comissão. Vamos analisar essa necessidade de o sócio dar
autorização por escrito para ter o seu nome vinculado a um candidato -
explicou Antero, juiz conhecido por ter sido um dos responsáveis pela
criação do acordo dos quatro grandes do Rio com o Tribunal Regional do
Trabalho (TRT-RJ), limitando as penhoras provenientes de ações
trabalhistas a uma porcentagem de desconto obrigatório em todas as
receitas.
Entre os candidatos de oposição, um vem tendo sua legitimidade
contestada. Wallim Vasconcellos, que lançou sua candidatura nesta terça
escorado em um grupo de executivos de grandes empresas e no apoio do
maior ídolo do clube, Zico, tem apenas meses como sócio proprietário do
clube, apesar do tempo como sócio patrimonial. O artigo 154 do estatuto
do Flamengo dá margem a interpretações. Ele cita as categorias de sócios
que podem se tornar candidatos e, em outro item, menciona que o
candidato deve ter cinco anos de vida associativa no clube, sem
especificar se esse período tem de ser obrigatoriamente como associado
em uma das categorias citadas anteriormente. Caso tenha sua candidatura
impugnada, um dos empresários que dão apoio a Wallim deve tomar a frente
da campanha.
- Só avaliaremos a validade de qualquer candidatura depois que a chapa for inscrita - completou Antero.
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