domingo, 29 de julho de 2012

Célio Cotecchia: meio século de amor e dedicação ao Flamengo


Enquanto o elenco rubro-negro terminava o jantar, no início da noite deste sábado (28.07), na concentração do hotel, em São Paulo, um senhor educado, de cabelos brancos e fala mansa, prendia a atenção de meia dúzia de integrantes da comissão técnica rubro-negra.

O bate-papo girava em torno de algumas de suas muitas estórias vividas dentro do Flamengo, onde atuou, como médico, de 1963 à 1985. Na partida de logo mais contra o São Paulo, às 16h, no Morumbi, o ortopedia, fisiatria e especialista medicina esportiva, Célio Cotecchia, será o chefe da Delegação de Futebol do Flamengo, acresentando mais algumas linhas a sua trajetória de dedicação ao Mais Querido clube do Brasil.

"Tudo começou em 1963, quando eu ainda era estudante de medicina e fui convidado para trabalhar no remo do Flamengo. Em pouco tempo passei a atuar como médico do futebol e não saí mais", lembra Cotecchia.

Naquela época, o Mais Querido foi disputar a Taça Brasil, em Fortaleza. O médico do time do Flamengo não poderia viajar e queriam trazer um profissional que não era do futebol. O então treinador, Flávio Costa, não concordou com a opção e pediu: ‘quero viajar com o doutor novo, gostei dele’. Era o início de uma relação de amor incondicional ao Flamengo que já se mantêm há quase 50 anos.

"Foi o primeiro jogo após a chegada do Evaristo, que tinha acabado de vir da Espanha. E o Nelsinho, que era o meio campo nosso, quebrou a perna naquele jogo. Tive que sair com o Nelsinho para o hospital, foi uma correria".

O médico acompanhou o elenco Campeão Mundial em 1981, no Japão, e relembra com carinho o primeiro grande título internacional do futebol rubro-negro, que se deu em 23 de novembro daquele ano: a conquista da Taça Libertadores da América, diante dos chilenos do Cobreloa.

"Eu trabalhei no Flamengo de 1963 a 1985. Aquele time do Flamengo era espetacular! Os jogos contra o Cobreloa,  o Lico e o Adílio machucados - ao serem covardemente agredidos no primeiro jogo da decisão -, a vitória... nossa, foi tudo muito marcante. Realmente, era um elenco espetacular", atesta Cotecchia.

Em 1985, Célio Cotecchia deixou o Departamento Médico do Flamengo, passou a frequentar a Gávea como sócio e a atender, em seu consultório particular, atletas rubro-negros. Hoje, ele é Benemérito do clube e faz, neste fim de semana, sua primeira viagem como chefe de uma Delegação de Futebol do Flamengo.

Que a boa sorte do doutor Cotecchia esteja com o Flamengo na tarde deste domingo e ajude o Rubro-Negro a sair do Morumbi com uma vitória diante do tricolor paulista.




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