Fim melancólico de uma noite de domingo. A delegação do Flamengo
desembarca no Rio de Janeiro depois de sofrer sua primeira derrota no
Campeonato Brasileiro, por 2 a 0, para o Grêmio, no Estádio Olímpico.
Semblantes tensos denunciam um clima nada favorável a qualquer tipo de
trabalho. Com um problema no quadril, o técnico Joel Santana segue
apressado para a saída do Terminal 2 do Aeroporto Internacional Tom
Jobim. Com ele, o peso de uma pressão intensa. Na busca por um táxi para
deixar o local, a manifestação de sua irritação, longe do seu bom
humor.
- Até aqui. Me deixa em paz - vociferou Joel ao ser fotografado pela reportagem do GLOBOESPORTE.COM.
Dali partiu em busca de outro táxi para seguir viagem e procurar em
casa soluções para os problemas do Flamengo. O time tem nove pontos no
Campeonato Brasileiro e ocupa a nona colocação na competição ainda
tentando se reerguer depois de uma série de tombos no campo político e
técnico.
No mesmo barco de Joel, Vagner Love,
jogador mais badalado do elenco, deixou o local sem dar entrevista.
Atendeu torcedores rapidamente para fotos e autógrafos. Mas nada de
explicações. Apenas com o dedo sinalizou a negativa. Sequer balbuciou um
não, mostrando que seu momento é de poucas palavras.
Sobrou para os mais jovens, ainda em busca da afirmação, tentar analisar o momento que o time vive na temporada. Luiz Antonio,
que atuou improvisado como lateral-direito no segundo tempo, não fugiu
das perguntas. Com apenas 21 anos, justificou a queda com a gangorra que
representa o Campeonato Brasileiro.
- A competição é assim. Você ganha uma e perde outra. Falta encaixar um
pouco ainda. Mas acho que o time não sente os problemas (do caso
Ronaldinho) que já passaram. O que ainda pesa é aquele jogo com o
Internacional - disse o volante, referindo-se ao jogo em que o Flamengo
vencia por 3 a 1 e permitiu o empate, no Engenhão.
Vagner Love posou para fotos, mas não quis dar entrevista
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