O interesse do Flamengo na contratação de Adriano,
dispensado do Corinthians em março, foi duramente criticado pelo editor
de "Placar" Sérgio Xavier. O jornalista acredita que o clube carioca
deveria deixar de investir em grandes nomes e apostar nos jogadores
formados na Gávea, campeões da Copa São Paulo de 2011.
- É um discurso anacrônico. Parece que o Flamengo não aprendeu nada com
os erros deste ano. O único caminho viável parece ser apostar tudo na
garotada. Tem uma molecada muito interessante surgindo na Gávea. Mas o
Flamengo segue remoendo esse passado, de procurar um salvador da pátria.
Não adianta contratar mais um medalhão. Há dois anos está insistindo
nisso e não deu certo - disse Sérgio Xavier, no "Redação SporTV" desta terça.
A apresentadora Vanessa Riche afirmou que, apesar de o técnico Joel Santana ser a favor da chegada do Imperador, a presidente do clube, Patrícia Amorim, ainda não tomou sua decisão final.
- O discurso dele não é mesmo da Patrícia Amorim. Todas as vezes que
nós conversamos ela sempre ponderou muito. Disse que não conhece a
condição física dele, que não é um salário barato e que o clube não tem
como pagar um valor muito alto.
Ronaldinho foi o grande investimento do Fla em 2011 (Foto: Wagner Meier / Agência Estado)
O correspondente da BBC na América do Sul, Tim Vickery, concorda que
apostar nas revelações seria o melhor para o Flamengo e lembrou que, em
2002, o Santos se aproveitou de um longo período sem jogos para revelar
uma nova geração de Meninos da Vila.
- Pode ser interessante o Flamengo ter saído do Estadual, porque agora
tem tempo para montar o time. O renascimento do Santos, em 2002, só
aconteceu porque o Santos saiu cedo do Paulista. O Emerson Leão era o
técnico e teve tempo para olhar a garotada. Achou Robinho e Diego.
O jornalista considera que falta compactação ao time e os volantes acabam sobrecarregados.
- O time do Flamengo é quebrado. Ronaldinho, Love e Deivid ficam na
frente. E a linha de quatro defensores fica praticamente colada no
goleiro. Tem muito espaço para o meio de campo cobrir. É um time
quebrado.
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