Só a multa rescisória de R$ 4 milhões segura Vanderlei Luxemburgo no
Flamengo. A diretoria está farta do comandante e planeja a saída dele
imediatamente. Haverá uma conversa “olho no olho” entre a presidente
Patrícia Amorim e o treinador para discutir os problemas da
pré-temporada.
Luxemburgo está isolado no clube. Ele vive às turras com o vice de
finanças Michel Levy e não suporta o diretor de futebol Luiz Augusto
Veloso. Como medida paliativa para o jogo contra o Real Potosí, Patrícia
convidou o empresário Jorge Rodrigues, amigo do treinador, para chefiar
a delegação na Bolívia. Ele foi enviado como um missionário da paz para
amenizar o clima ruim depois dos dias em Londrina.
Vanderlei marcou território e avisou que não pede demissão em hipótese
alguma. A ideia dele, segundo análise dos dirigentes do alto escalão, é
obrigar a diretoria a tomar a decisão de mandá-lo embora e encarar o
desgaste com a opinião pública.
O episódio da foto armada entre Ronaldinho e Luxa também não repercutiu
bem. Depois de queixas mútuas internas durante a pré-temporada, ambos
posaram para o fotógrafo do clube sorrindo lado a lado na Bolívia. No
Rio de Janeiro, a diretoria, que não participou da trama, considerou a
imagem uma “forçada desnecessária”.
Antes da viagem à Bolívia, Ronaldinho e seu irmão, Roberto Assis,
pediram garantias de que Vanderlei sairia do cargo. Eles receberam a
resposta positiva de Patrícia em uma das reuniões para tentar o acerto
com a Traffic.
Em outra ponta do problema, a presidente detectou a fragilidade no
departamento de futebol e busca um nome para ser o vice de futebol e
evitar a superexposição dela nos problemas do setor.
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