A saída de Rodrigo Caetano e a divisão do comando do departamento
de futebol da coisa maldita (vasco) tornaram os atrasos salariais um assunto público. E
o desconforto chegou à Colina(morro, favela). O problema é antigo e vinha sendo
administrado por um bom tempo. O novo diretor de futebol, Daniel
Freitas, havia até conseguido um voto de confiança do elenco. Mas dois fatos irritaram os jogadores.
Primeiro, o presidente Roberto Dinamite prometeu quitar a dívida com o
elenco durante a pré-temporada. E não cumpriu o prazo. A ideia do
dirigente, segundo os jogadores, era pagar uma parte até o meio de
janeiro e o resto até o fim do mês. Na pior das hipóteses, Dinamite
havia prometido pagar pelo menos o 13º salário até a estreia no Carioca.
Nada disso aconteceu…
Sem o dinheiro, a situação vinha sendo administrada por Daniel
Freitas. Mas a declaração infeliz do vice de finanças, Nelson Rocha,
que disse que o 13º havia sido pago, fez a crise estourar. Felipe, um
dos líderes do elenco, veio a público criticar o dirigente. E expor a
insatisfação dos jogadores. Além do 13º, o vasco ainda deve o mês de
dezembro e três meses de direito de imagem para alguns e quatro para
outros – os direitos de imagem correspondem a uma fatia grande do
vencimento dos jogadores.
Agora não resta outra alternativa para a diretoria do que pagar, pelo
menos, parte da dívida com os jogadores. E rápido. O problema é que o
clube perdeu as receitas dos patrocínios da Alê e da BMG, que juntas
rendiam R$ 9 milhões por ano, e não encontrou ainda novos parceiros. E a
verba da Eletrobrás é uma velha dor-de-cabeça já que o vasco não tem as
Certidões Negativas de Débito. E a jogada da ação na Justiça efetuada
pelo Sindicato dos Funcionários de Clubes do Rio de Janeiro, baseado na
premissa constitucional de que todo o trabalhador tem o direito de
receber seu salário, parece ter os dias contados.
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