Voo do Flamengo do Rio para Fortaleza. Uma viagem sem escalas, com duração de três horas, tranquila. Não para Felipe. O goleiro rubro-negro sofreu no trajeto até a capital cearense, na noite da última segunda-feira. Apesar de estar acostumado a ficar frente a frente com atacantes perigosos, participar de jogos decisivos, não há o que faça o camisa 1 perder o medo de avião. Por mais que a rotina de jogador de futebol o obrigue a passar uma parte considerável do tempo nas alturas, o temor é mais forte.
- São dois tipos de pessoas: a medrosa e a mentirosa. Eu sou o medroso. Não tenho vergonha nenhuma. Sempre foi assim (risos).
Felipe não esconde medo das viagens de avião (Foto: ArteEsporte)
Tudo isso por conta das histórias contadas pelo pai, que é controlador de voo em Salvador. O goleiro sempre reza durante as viagens que faz, seja pelo time ou as particulares. Não importa o tempo do voo.
- Não paro de suar, troco a camisa. É horrível.
Os sintomas do medo de Felipe são variados. O jogador chegou a mudar de lugar no voo para o Ceará. Deixou a poltrona ao lado do zagueiro Welinton e foi para a vaga do preparador de goleiros Cantareli, numa área mais espaçosa da aeronave. Ainda incomodado, passou do corredor para o assento da janela. Não parou de olhar por ela e, ao mesmo tempo, tentou se distrair com o computador portátil. Tirou e colocou os óculos escuros várias vezes, tomou café, conversou com membros da comissão técnica, fez de tudo para aliviar a tensão. Em vão.
- Eu quase morro. Mas o que mais assusta são as turbulências e a chuva. Na viagem para cá nós pegamos muita turbulência. Você viu.
Nesta quarta-feira, Felipe ajudou o Flamengo a derrotar o Fortaleza, por 3 a 0, pela segunda fase da Copa do Brasil. O resultado classificou o Flamengo para as oitavas de final sem a necessidade de um jogo de volta. O adversário sairá do confronto entre Horizonte-CE e Guarani. Sinal de que outros voos virão.
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