Há 20 anos trabalhando no Flamengo, o psicólogo Paulo Ribeiro está preocupado com o ambiente e a atual situação da equipe rubro-negra. A eliminação da Taça Guanabara e os salários atrasados têm mexido com os nervos dos jogadores. No treino da última segunda-feira, Jônatas mostrou insatisfação, Juan discutiu com o preparador-físico Riva Carli, e Cuca teve conversas com jogadores como Ibson e Maxi. Sem esconder a apreensão com o "barril de pólvora" rubro-negro, Paulo Ribeiro afirma que é hora de se buscar tranquilidade.
- Estou um pouco triste pelo momento que o Flamengo vive. O momento em que as coisas não vão bem, é o momento para ter calma, tranquilidade. O futebol é muito bonito, pois te dá possibilidades de se recuperar. Esse calor que está acontecendo é oriundo da derrota na Taça Guanabara. Temos que ir com tudo no segundo turno. Na vida, há momentos em que a gente vive mais triste, mais estressado, mas em dois ou três dias estaremos recuperados e mais focados nos objetivos. Vou trabalhar individualmente com cada jogador e tentar aglutinar esse grupo. Temos que juntar os cacos - disse o psicólogo, em entrevista à Rádio Brasil.
Paulo Ribeiro também não esconde que o problema dos salários atrasados tem irritado bastante todo o elenco. Ele diz que é preciso paciência e cooperação de todos. Quanto à torcida, o psicólogo afirma que fica bastante incomodado com as vaias aos jogadores.
- Por diversas vezes trabalhei a cabeça de jogadores aqui no Flamengo por causa de salários atrasados. A nossa situação é pública e bem difícil, financeiramente falando. Mas se não fizermos nossa parte, não sairemos dessa situação. Acredito que o clube tenta fazer a parte dele, mas as dificuldades são grandes. A torcida também tem que jogar junto. As vaias são atitudes que não são condizentes com a torcida do Flamengo. É óbvio que existe insatisfação, mas os torcedores precisam estar do nosso lado nesse momento - completou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário