O atacante Emerson
Sheik enfim foi apresentado como novo reforço do Flamengo na manhã
desta quarta-feira, em cerimônia realizada na Gávea. Antes de conceder
entrevista à imprensa, ele foi apresentado pelo vice-presidente Walter
D'Agostinho e pelo diretor executivo Rodrigo Caetano e vestiu a camisa
11.
Após demora na chegada do documento de rescisão com o Corinthians, o
atacante ficou livre para assinar contrato até o fim do ano com
o Rubro-Negro. A expectativa é que ele possa estar em campo já neste
sábado, quando o Fla enfrenta o Atlético-MG, às 16h30, no Maracanã, pelo
Campeonato Brasileiro.
Na entrevista, Emerson falou sobre sua
identificação com o Flamengo, a motivação de conquistar novos títulos, a
possibilidade de encerrar a carreira no clube e ainda comentou a
amizade com o também reforço rubro-negro, Guerrero.
-
Tive sondagens de outros clubes, mas essa foi uma decisão que não foi
difícil de ser tomada. Sempre foi um desejo meu voltar ao clube que amo
desde criança. Ao clube que tive a certeza desse carinho, amor e paixão.
Estou convicto de que fiz a escolha certa. Quero agradecer ao
sócio-torcedor, à diretoria do Flamengo, pelo esforço que fizeram para
eu estar aqui hoje. Obrigado - disse o jogador.
Sheik foi
apresentado pelo vice-presidente Walter D'Agostinho, que lhe entregou a
camisa 11 do Flamengo e destacou o que chamou de "DNA rubro-negro".
-
Emerson agora tem um novo nome. Agora ele se chama amor, paixão,
orgulho, e é tudo o que ele mostrou ter pelo esporte. Agora chama-se
raça, amor e paixão. Ele vai vestir a pele rubro-negra, e essa é a
condição ideal para todos os jogadores que vestem essa camisa. É
fundamental para quem passa a viver o fluxo desse sangue de raça, amor e
paixão nesses 120 anos que começam a ser comemorados hoje. Já era para
estar aqui há muito tempo, já esteve e mostrou o que tem. Em outros
clubes, não deixou de cantar canções com mensagens do nosso clube. Ele
não se envergonha disso, está no DNA dele. Ele com certeza já nasceu com
o DNA rubro-negro. Essa nova vitória começa hoje. Hoje, se inicia nova
fase da vida do Flamengo com o Emerson Sheik - disse o vice do Fla.
Emerson
lembrou o episódio em que foi pego cantando uma música da torcida
rubro-negra (Bonde do Mengão sem feio) enquanto vestia a camisa do
Fluminense e reiterou sua motivação por voltar a defender o Rubro-Negro.
Emerson Sheik volta ao Flamengo falando em novos títulos (Foto: Ivan Raupp/ GloboEsporte.com)
-
Agora, vou poder cantar a música à vontade, não vai ter como chegarem
aqui e me mandarem embora. Tenho respeito grande por todos os clubes que
passei: Botafogo, Fluminense, Corinthians. Nesses clubes dei meu
melhor, fiz amizades, que vale muito no futebol. Tive carinho e respeito
do torcedor de cada clube que passei, mas sempre deixei claro o desejo
de vestir a camisa do clube novamente. Pelo carinho e identificação com o
clube e o torcedor flamenguista. Quando o Corinthians decidiu não
renovar meu contrato, o primeiro clube que veio à cabeça foi o Flamengo.
Quero deixar meu agradecimento aos outros clubes que vieram atrás. Fiz
questão de ligar para todos os diretores, mas não poderia deixar passar
essa oportunidade. Um clube que, aos 36 anos, vai me deixar muito
motivado para jogar futebol.
Questionado
sobre se pensa em encerrar a carreira no Flamengo, o novo 11 da Gávea,
cujo contrato termina no dia 31 de dezembro, disse que este é sim um
objetivo e, aos 36 anos, volta pensando em títulos.
- Tenho
pouco mais de seis meses para convencer esses caras. Vou sempre dar meu
melhor, minha carreira é pautada por vitórias. Não estou aqui para
passear, vim pensando grande, em conquistas - garantiu.
Sheik já fez sua primeira atividade no Ninho do Urubu na manhã de terça.
O jogador pediu à diretoria para treinar e, assim, manter a forma
física, e foi atendido. A ideia dele é já estar à disposição do técnico
Cristóvão Borges. Emerson deve treinar junto do grupo principal na tarde
desta quarta, em atividade marcada para 15h30.
Aos 36 anos, Sheik retorna ao clube que o projetou nacionalmente. Famoso no Japão e no mundo árabe, ele chegou ao Brasil como um desconhecido no início de 2009 para jogar no Flamengo, mas surpreendeu e ganhou bastante destaque. No clube da Gávea, participou da conquista do Carioca e do Brasileirão daquele ano. Saiu na metade do torneio nacional, transferindo-se para o Al Ain, dos Emirados Árabes. Ainda passou por Fluminense, Botafogo e Corinthians, onde ficou por mais tempo e conquistou a Libertadores e o Mundial de Clubes, antes de voltar ao Fla.
Aos 36 anos, Sheik retorna ao clube que o projetou nacionalmente. Famoso no Japão e no mundo árabe, ele chegou ao Brasil como um desconhecido no início de 2009 para jogar no Flamengo, mas surpreendeu e ganhou bastante destaque. No clube da Gávea, participou da conquista do Carioca e do Brasileirão daquele ano. Saiu na metade do torneio nacional, transferindo-se para o Al Ain, dos Emirados Árabes. Ainda passou por Fluminense, Botafogo e Corinthians, onde ficou por mais tempo e conquistou a Libertadores e o Mundial de Clubes, antes de voltar ao Fla.
Na volta ao Fla, Sheik vestirá a camisa 11 novamente (Foto: Fred Gomes)
Confira mais trechos da entrevista coletiva de Emerson:
Mudança do desconhecido para o Sheik de hoje
- Como pessoa e ser humano, continuo o mesmo. Lado profissional mudou, cheguei como desconhecido e não tinha conquistado nada. Seis anos depois, tenho Paulista, Carioca, três Brasileiros, Mundial, Libertadores... A responsabilidade é diferente e a pressão é diferente. O torcedor entende quando ele se dedica. Quero deixar a impressão de vestir a camisa, de dar o meu melhor. São momentos diferentes. Cheguei como desconhecido e mudei.
- Como pessoa e ser humano, continuo o mesmo. Lado profissional mudou, cheguei como desconhecido e não tinha conquistado nada. Seis anos depois, tenho Paulista, Carioca, três Brasileiros, Mundial, Libertadores... A responsabilidade é diferente e a pressão é diferente. O torcedor entende quando ele se dedica. Quero deixar a impressão de vestir a camisa, de dar o meu melhor. São momentos diferentes. Cheguei como desconhecido e mudei.
Guerreiro
-
É meu amigão. Difícil é entender, ele fala tudo errado (risos). A gente
tem um carinho e um respeito muito grande um pelo outro. E certamente
aqui vai acontecer, porque a amizade existe entre nós dois.
Tentativa de voltar
Saí
contra o Cruzeiro, lembro perfeitamente, o torcedor pedia para que eu
não fosse, que ficasse. Fui para o mundo árabe e desde que voltei, ainda
no início de 2010, todas as negociações que tive foi com o Flamengo em
primeiro lugar. Por uma série de motivos, não aconteceu e fui muito
feliz nos clubes em que pude jogar. Mas o desejo era sempre estar no
Flamengo. E hoje, com 36 anos, estou voltando para o lugar que de fato
talvez não deveria sair. Posso estar sendo injusto com Botafogo,
Corinthians. Queria muito estar aqui e hoje feliz estou. E ninguém vai
mudar isso.
Corpinho de 25
-
Tenho 36, mas com corpinho de 25 (risos). Sou muito privilegiado, sou
muito elogiado pelos preparadores. Não vejo problema. Parceria que deu
certo no Corinthians, teve a conquista do Mundial e outras grandes
partidas que fizemos juntos. A expectativa é que possamos sonhar com
conquistas como tivemos no Corinthians.
Possibilidade de renovar
- Tenho pouco mais de seis meses para convencer esses caras, vou dar sempre meu melhor, porque é característica minha. Minha carreira é marcada por vitórias, conquistas. Eu certamente não estou aqui para passear. Vim aqui pensando grande. O torcedor flamenguista precisa muito de um título importante. Espero que essa sorte que dizem que tenho com conquistas possa vir comigo e trazer um título ao Flamengo.
- Tenho pouco mais de seis meses para convencer esses caras, vou dar sempre meu melhor, porque é característica minha. Minha carreira é marcada por vitórias, conquistas. Eu certamente não estou aqui para passear. Vim aqui pensando grande. O torcedor flamenguista precisa muito de um título importante. Espero que essa sorte que dizem que tenho com conquistas possa vir comigo e trazer um título ao Flamengo.
Volta aos gramados
-
Venho acompanhando os jogos a fim de conhecer o grupo, características,
porque não vinha acompanhando os jogos. Os treinamentos vão mostrar
muito mais do que palavras. É iniciar os treinamentos, ver como o
Cristóvão vai querer armar sua equipe. Importante é pensar em grupo. Meu
pensamento inicial é retomar rapidamente os treinos com o grupo e
depois vemos outras coisas.
Sorte ou trabalho?
-
O Flamengo precisa de todos. Cada um contribuindo da maneira que pode.
Sou um jogador que não gosta muito da sorte. Eu trabalho. O resultado é o
trabalho. Eu não acredito muito na sorte, mas se vocês colocam dessa
maneira, eu sou um cara que nos jogos decisivos tenho essa sorte.
Ninguém ganha jogo sozinho, seria mais um mais a dizer "Ahhh... futebol é
um esporte coletivo". Mas é.
CBF
Naquele momento, no Botafogo, entendi que um atleta com a minha personalidade, não necessariamente eu, deveria falar. E eu tomei a decisão de falar, porque naquele momento entendi que alguma coisa estava errada. Diante dos últimos acontecimentos, me acho muito pequenininho para comentar alguma coisa. A coisa é muito maior do que eu imaginava. Deixa para os capacitados falarem alguma coisa. Eu estou fora!
Naquele momento, no Botafogo, entendi que um atleta com a minha personalidade, não necessariamente eu, deveria falar. E eu tomei a decisão de falar, porque naquele momento entendi que alguma coisa estava errada. Diante dos últimos acontecimentos, me acho muito pequenininho para comentar alguma coisa. A coisa é muito maior do que eu imaginava. Deixa para os capacitados falarem alguma coisa. Eu estou fora!
Qualquer número
Na primeira passagem, joguei com a 11. No Corinthians, eu fui pouco feliz com a 11, né? Não tive preocupação em nenhum momento de escolher a camisa. Rodrigo botou algumas opções, e ele já sabia da camisa que eu gosto de usar. Porém essa camisa já tinha dono, então não falei da 10 e da 11, nem número nenhum. Posso te afirmar uma coisa. Para vestir essa camisa, não precisa de número. Pode ser o número 1000. O importante é estar vestindo.
Na primeira passagem, joguei com a 11. No Corinthians, eu fui pouco feliz com a 11, né? Não tive preocupação em nenhum momento de escolher a camisa. Rodrigo botou algumas opções, e ele já sabia da camisa que eu gosto de usar. Porém essa camisa já tinha dono, então não falei da 10 e da 11, nem número nenhum. Posso te afirmar uma coisa. Para vestir essa camisa, não precisa de número. Pode ser o número 1000. O importante é estar vestindo.
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