O debate
sobre a renda e o público de jogos do Campeonato Carioca, disputados
no Maracanã, teve mais um capítulo na tarde desta terça-feira. Em
reunião do
Conselho Arbitral, a Ferj decidiu que o valor pago pela operação do
estádio
será fixo por partida, respeitando o custo de R$ 10,37 por torcedor. Há
um teto de R$ 311 mil, ou seja, não haverá cobrança extra nos duelos com
público superior a 30 mil pessoas.
A medida visa dividir de melhor forma a arrecadação entre os clubes. A decisão segue modelo de contrato do Flamengo com o
consórcio e, por tabela, prejudica os interesse do Fluminense, clube que, pelo
acordo com a administradora, não paga para mandar suas partidas.
Quatro
clubes não mandaram representantes na reunião: Fla, Flu, Barra Mansa e
Boavista. Desta forma, a decisão foi referendada pelos outros 12 participantes
do estadual. Ela vale a todos confrontos, não havendo distinção entre os quatro
grandes e os demais competidores.
O valor foi sugerido pelo consórcio, a pedido da
Ferj. E ele leva um custo individual por torcedor, que é de R$ 10,37.
Outra
decisão é referente ao aluguel do estádio. Ele será calculado de acordo
com o público presente, como é feito no acordo com o Flamengo. As
regras
passam a valer a partir da 12ª rodada do Carioca.
Procurado pela reportagem, o Fluminense, via assessoria, se manifestou sobre o tema:
-
O Fluminense considera a medida uma intervenção ilegal, já que a
Federação não tem competência para interferir na relação privada do
clube com quaisquer parceiros. O clube já entrou em contato com o
Maracanã S.A. que irá se posicionar pelo cumprimento do contrato entre
as partes, não reconhecendo esta decisão do arbitral.
A
reunião iria debater ainda os critérios objetivos de aplicação do artigo
133 do Regulamento Geral de Competições (RGC), apelidada de "Lei da
Mordaça". Porém, como o tema ainda está sob decisão judicial, a
discussão foi adiada.
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