terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Bandeira fala em "divergências" para explicar a saída de Bap do Flamengo


Eduardo Bandeira de Mello (Foto: Marcelo Braga)O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, participou do "Arena SporTV" desta terça-feira e respondeu sobre a saída de Luiz Eduardo Baptista, o Bap, da vice-presidência de marketing, anunciada na tarde de segunda-feira. Sem entrar em detalhes, mas exaltando os feitos alcançados pelo empresário, o dirigente falou em "divergências".

- Acho que divergências acontecem nas empresas, nas famílias e o Flamengo não é uma exceção. Acho que a gente precisa neste momento é enaltecer o trabalho que ele fez durante dois anos no marketing do Flamengo, que evoluiu 20 anos em dois. Éramos um clube desacreditadio na interlocução com patrocinadores, e hoje o Flamengo tem a camisa mais valorizada do Brasil. Criamos um programa de sócios que é a terceira maior fonte de receita do clube. Para esse processo de recuperação de credibilidade contribuiu e muito o trabalho do marketing. A instituição só tem a agradecer tudo que foi feito nesses dois anos. Agora é procurar conviver e tentar uma solução - disse o presidente, que ainda brincou:

- Se sábado jogamos sem goleiro, vamos encontrar algo parecido (risos). Não que o Alecssandro vá assumir a vice-presidência do marketing. Mas é bem possível que sim (traga outro profissional), só que a própria equipe formada pelo Bap nesse tempo é garantia que a administração competente vai continuar. É uma equipe de primeira grandeza, com certeza.

Apesar de o presidente não ter entrado em detalhes da crise política, a saída de Bap estaria relacionada ao acordo feito com a Ferj pelo retorno dos jogos no Maracanã. Além das condições apresentadas, que vão de encontro com a postura do Rubro-Negro em relação ao preço dos ingressos nos últimos anos, a forma como o processo foi conduzido gerou muita insatisfação do então vice-presidente.

Bap trata como irreversível seu desligamento. O empresário é radicalmente contra o acordo diante das imposições feitas pela Ferj antes do Estadual, principalmente após as ofensas do presidente da federação, Rubens Lopes, a Bandeira de Mello em reunião na última sexta-feira. O ex-vice de marketing sempre defendeu com firmeza a posição de que a arrecadação nas bilheterias deve ser uma das principais fontes de renda do Rubro-Negro, mesmo em momentos de forte pressão, como na decisão da Copa do Brasil de 2013. Para ele, o panorama atual enfraquece ainda o sócio-torcedor, que é um dos carros-chefes da atual gestão.

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