Quem
chegava esperava encontrar os portões abertos para tomar logo seu lugar
na arquibancada do ginásio do Tijuca. Era o dia do reencontro com o
time que venceu tudo o que disputou na temporada passada. Mas o ar de
preocupação tomava os rostos assim que eram comunicados, por um
funcionário do Flamengo, que o público não poderia assistir ao jogo
contra Franca, válido pela terceira rodada do NBB7. Segundo despacho do
juiz Paulo Assed Estefan, algumas normas de segurança ao público,
relativas ao CREA e à Vigilância Sanitária, ainda não haviam sido
atendidas. Os torcedores recusavam-se a ir embora. Tinham a esperança de
cruzar os portões e cantar a plenos pulmões. Nada feito.
Quem
ficou do lado de fora conseguiu ouvir o barulho do atrito dos tênis no
piso da quadra e as vozes dos jogadores cantando as jogadas. Meia dúzia
de sócios, que estavam dentro do clube e passavam por ali, espiaram o
equilibrado duelo graças a uma porta vazada. Nesta quarta-feira, diante
dos olhares deles, de jornalistas e policiais, o tricampeão do torneio
fez o dever de casa. Venceu por 82 a 79 em um jogo muito equilibrado e
só decidido nos momentos finais.
Com 21 pontos, Marquinhos foi
o cestinha da partida. Com o resultado, o Rubro-Negro segue invicto no
campeonato, com três triunfos. O próximo compromisso da equipe será
contra o Minas, na próxima terça-feira, às 20h, em Belo Horizonte.
Franca volta a quadra pelo NBB na próxima sexta-feira para enfrentar
fora de casa o Macaé, às 19h30.
Cercado, Marquinhos acha espaço para arremessar e fazer mais dois pontos para o Flamengo (Foto: Luiz Pires/LNB)
Sem público, partida é equilibrada
A
cantoria que costuma empurrar o Flamengo não estava lá. A pressão que
dificulta a vida dos adversários também não. O Franca tinha um problema a
menos para enfrentar. Dentro de quadra, os donos da casa ditavam um
ritmo forte, resistiam às investidas dos comandados de Lula Ferreira e
abriam 20 a 16.
O time paulista dava trabalho. Imprimia velocidade e, no começo do segundo quarto conseguia a virada, com uma cesta de Helinho: 31 a 26. Neto parava o jogo. Tentava colocar o Flamengo de novo nos trilhos. O time respondia e conseguia o empate: 33 a 33. Mas Léo Meindl estava com a mão quente. anotava oito pontos seguidos e fazia Franca ir para o vestiário em vantagem: 41 a 39.
O time paulista dava trabalho. Imprimia velocidade e, no começo do segundo quarto conseguia a virada, com uma cesta de Helinho: 31 a 26. Neto parava o jogo. Tentava colocar o Flamengo de novo nos trilhos. O time respondia e conseguia o empate: 33 a 33. Mas Léo Meindl estava com a mão quente. anotava oito pontos seguidos e fazia Franca ir para o vestiário em vantagem: 41 a 39.
Marquinhos
tomava as rédeas do jogo. Chamava os companheiros, convertia dois
chutes de longe e fazia o Rubro-Negro respirar: 48 a 43. Marcelinho e
Meyinsse também davam sua contribuição e aumentavam a frente para 55 a
45. Franca apertava a marcação e não desperdiçava as chances ofensivas.
Fazia sete pontos em sequência e encostava no placar (55 a 52). Olivinha
desperdiçava dois lances livres para alegria dos rivais. Helinho não
perdia os seus e deixava sua equipe a um pontinho do empate. A 40s do
fim, o argentino Mata recolocava os paulistas no comando do marcador e
recebia os cumprimentos dos companheiros ao término do período: 60 a 59.
Os
cantos começavam a ser ouvidos durante o intervalo. Lá fora, os poucos
torcedores que não voltaram para casa, tentavam mostrar seu apoio. Os
jogadores conseguiam a virada e se empenhavam para conter o ímpeto dos
visitantes (66 a 62). Mas Léo Meindl estava lá para incomodar. Com uma
bola de três a 40s do término do jogo, colocou Franca a apenas dois
pontos de desvantagem: 77 a 75. Marquinhos sofria falta e sabia que não
podia falhar na linha de lance livre. Fez o que se esperava dele (79 a
75). Logo em seguida, Franca falhava no ataque e outra vez Marquinhos
convertia seus lances livres. A vitória suada ia para o bolso do
Flamengo.
Pivô Meyinsse pegou seis rebotes e marcou dez pontos na vitória do Flamengo sobre o Franca (Foto: Luiz Pires/LNB)
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