A CBF e o Bom Senso FC
chegaram a um consenso sobre "fair play financeiro" e o órgão que vai
fiscalizar as finanças dos clubes de futebol. O acordo ocorreu após uma
reunião de sete horas de duração no Rio, com a participação da
confederação, do movimento de jogadores e também de patrocinadores e
empresas que investem em futebol.
As punições para os clubes que atrasarem salários e/ou sonegarem
impostos começam com uma advertência, seguem para a proibição de
contratar jogadores e podem chegar a rebaixamento ou exclusão de
competições nacionais. A punição com perda de pontos foi excluída do
projeto.
Um dos pontos do projeto é a proibição das antecipações de receitas
por parte dos clubes - prática para lá de comum. Caso o projeto seja
aprovado e transformado em lei, os clubes só poderão usar receitas
futuras como garantias de empréstimo em caso de construção de ativos
(estádio, centro de treinamento). Hoje, os clubes usam seus contratos de
transmissão de TV como garantia para contratar jogadores. A ideia é que
tal prática seja proibida.
A expectativa tanto da CBF quanto do Bom Senso FC é que esse texto
seja incluído na Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, a ser votado
ainda neste ano.
- Queremos que lei passe a valer já em janeiro do ano que vem - diz o
presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, que representa uma
comissão de clubes formada pela CBF para discutir o caso.
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