No momento mais importante, ele chamou a responsabilidade e mostrou
porque se tornou peça fundamental na equipe do Flamengo. Com 24 pontos e
seis rebotes, Nicolas Laprovittola foi o principal nome da vitória do Flamengo sobre o Maccabi Tel Aviv (90 a 77),
que levou o time até a conquista da Copa Intercontinental de Clubes. A
função exercida dentro de quadra foi de suma importância, mas o discurso
permanece humilde. Para o MVP do torneio disputado no fim de semana, o
prêmio individual fica mesmo em segundo plano.
- Creio que
isso é secundário. Todos fizeram um trabalho bárbaro. Representa muito
mais o troféu coletivo, de equipe, do que o individual. Todos fomos MVP e
grandes jogadores no torneio. Queria felicitar o Neto (José) que soube
dirigir bem o jogo todo - disse o argentino.
Laprovittola foi eleito melhor jogador da final e deu muito trabalho ao Maccabi (Foto: Agência Estado)
Apesar
da conquista do mais importante título internacional de clubes já ser
uma realidade, a ficha ainda demora para cair. No Flamengo há pouco mais
de um ano, Laprovittola diz que aos poucos começa a ter a consciência
exata do que a vitória sobre o time israelense representou para o
basquete do clube. Desde que chegou na Gávea, ela já levantou outros
títulos de expressão, como a Liga das Américas e o Novo Basquete Brasil.
- Acho que vou me dar conta mais adiante. Mas fizemos
história aqui. Ganhamos do campeão da Europa, o que não é pouco. Temos
que desfrutar tudo isso. Não podemos não pensar que isso vai entrar para
a história - disso o argentino.
A Gávea e o Rio de Janeiro já
viraram a casa de Nicolas Laprovittola, onde ele se sente à vontade. Em
junho deste ano, o Flamengo trabalhou e conseguiu manter o argentino no
elenco do técnico José Neto. Antes do Rubro-Negro, ele havia atuado no
Lanús, em seu país. Satisfeito em ter ficado mais tempo no clube
carioca, ele projeta ainda mais troféus nesta temporada.
Laprovittola posa com o troféu de melhor jogador. Para ele, prêmio individual não importa tanto (Foto: André Durão)
-
Quando renovei, pensei em todas as coisas que podíamos ganhar e tudo
que significada para a torcida, encontrei um lugar lindo aqui. Estou
muito feliz e desfrutando tudo que ainda temos para fazer nesta
temporada - disse o atleta, que disputou o último Mundial de Basquete
pela Argentina.
Na comemoração após o título, Nico, como é
chamado, era um dos atletas mais empolgados. Apesar da vibração, o
argentino confessa que ainda não entende tudo que é cantado pelos
torcedores rubro-negro.
-
Flamengo é um time com muita garra, com uma torcida que apoia sempre. E
quando precisamos, eles estiveram conosco. Ainda não sei todas as
músicas, mas pulo e brinco sempre com a torcida. Tenho o ritmo, em breve
vou aprender todas - brincou.
A vitória rubro-negra sobre o Maccabi teve momentos de
dificuldades. Principalmente no primeiro jogo, sexta-feira, quando time israelense venceu
por 69 a 66. O resultado acabou obrigando o Flamengo a ir para cima neste domingo. Para o
melhor jogador em quadra na decisão, a equipe conseguiu se soltar no momento que foi preciso.
- Atacamos. Na
sexta-feira, não atacamos muito e não matamos o jogo quando devíamos.
Mas no segundo jogo o trabalho de equipe foi perfeito - completou.
Após
a conquista da Copa Intercontinental, no Rio de Janeiro, o time de
basquete do Flamengo se prepara para um novo desafio. A delegação agora
vai
arrumar as malas para encarar os jogos contra Phoenix Suns, Orlando
Magic e Memphis Grizzlies pela pré-temporada da NBA.
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