Dono do Orlando City, clube norte-americano que contratou Kaká e o
emprestou ao São Paulo, Flávio Augusto da Silva é brasileiro e torce
para o Flamengo. Em participação no "Arena SporTV", o
empresário disse que investiria no Rubro-Negro. No entanto, afirmou
que, como o clube da Gávea não é uma empresa, não é possível investir.
- O que posso dizer é que o fato de eu ter tido a possiblidade de
comprar um clube me fez investir US$ 110 milhões (cerca de R$ 250
milhões) nos Estados Unidos. A possibilidade de gerir um clube como
empresa, para ter resultados, atrai investidores. Ao contrário disso, eu
não faria. Não tenho como comprar um clube no Brasil. Sou empresário,
comprei o City, é uma empresa em que investi, que posso vender amanhã e
ter retorno. O fato de dar um lucro ou não não altera o produto e a
torcida. A torcida apoia, mas eu respondo com meu patrimônio pessoal por
dívida fiscal e impostos. Eu sou o responsável - diz.
Flávio Augusto da Silva, do Orlando City, tirou Kaká do Milan (Foto: Reprodução SporTV)
Participante da Major League Soccer (MLS), o empresário disse que é
possível montar um clube-empresa no Brasil, mas que o retorno financeiro
não é bom por conta da falta de torcedores, do interesse da mídia e dos
patrocinadores.
- Não posso comprar 30% do Flamengo, se pudesse eu estudaria. Você pode
abrir um clube-empresa no Brasil, como o Audax, mas quem vai torcer?
Não tem torcedor, não é boa vitrine para patrocinador, não tem boa cota
de TV. Nos EUA, somos o único clube de Orlando, temos 13 milhões de
habitantes. Os EUA têm 300 milhões de habitantes e a grande maioria não
torce para nenhum clube, já que o futebol é coisa nova. Podemos ter uma
torcida de norte-americanos maior que a do Corinthians com o tempo -
destacou.
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