À disposição, mas sem previsão para voltar a jogar. Depois de quase dois meses no departamento médico tratando de duas lesões, Felipe,
enfim, está liberado para treinar normalmente no Flamengo. O retorno
está marcado para quinta-feira, no Ninho do Urubu. Não há certeza,
porém, se o goleiro trabalhará juntamente com os companheiros ou fará
atividades separadas, como aconteceu nos primeiros dias sob o comando de
Vanderlei Luxemburgo. A realidade é que, no momento, o camisa 1 não faz
parte dos planos e vê Paulo Victor cada vez mais consolidado na
condição de titular.
As chances de Felipe jogar pelo Flamengo atualmente são muito reduzidas (Foto: Cahê Mota)
A
última partida de Felipe aconteceu no 4 a 0 sofrido diante do
Internacional, em Porto Alegre, no distante 20 de julho. Logo depois,
Ney Franco foi demitido para chegada de Luxa, que sequer convocou o
goleiro participasse de seus primeiros treinamentos. Barrado, ele não
foi relacionado para vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo e na semana
seguinte queixou-se de uma lesão na coxa direita. Ao se recuperar do
problema, as dores que passaram a incomodar foram na mão direita.
De
acordo com os médicos rubro-negros, nenhuma fratura foi identificada em
exames, mas Felipe reclamava de incômodos no choque com o solo em
defesas onde era necessário saltar. Agora, tudo está curado. Nesta
terça-feira, o goleiro chegou a ir à Gávea, mas não trabalhou no campo. A
partir de quinta-feira, quando o time volta de São Paulo, onde encara o
Palmeiras, na quarta, o camisa 1 estará à disposição do preparador de
goleiros Vágner Miranda. O panorama que irá encontrar, no entanto, não é
dos melhores.
Um dos destaques do Flamengo na
arrancada contra o rebaixamento, Paulo Victor é absoluto no gol,
enquanto César é visto como uma aposta para o futuro. Boa parte da
diretoria, inclusive, desejava ver o jovem goleiro no lugar de PV na
ocasião da barração de Felipe, e a condição de reserva imediato está
consolidada. Já o terceiro goleiro, utilizado em viagens, costuma ser um
jovem por opção de Vanderlei. João Paulo e Daniel fizeram parte de
delegações recentemente.
Fora dos planos, Felipe vê a
situação ainda mais complicada por já ter feito oito jogos no
Brasileirão. Com a indefinição sobre seu futuro no clube, Ney Franco
chegou a sacá-lo dos últimos três jogos antes da paralisação para Copa
do Mundo. A permanência na Gávea, por sua vez, fez com que o então
treinador o escalasse diante de Atlético-PR e Internacional, minando
assim as chances de transferência para outro time brasileiro.
Felipe
tem um dos salários mais altos do elenco rubro-negro e contrato até
dezembro de 2015. O goleiro é um dos seis jogadores que tem a
remuneração dividida entre carteira de trabalho e direito de imagem, que
está cinco meses atrasados. Na Gávea desde 2011, ele disputou 188
jogos, tendo conquistado dois Cariocas e uma Copa do Brasil.
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