O
atacante Igor Sartori disputou seu primeiro jogo em competições
nacionais entre os profissionais neste domingo, contra o Santos. E quase
saiu com uma bela assistência. Paulinho desperdiçou ótimo cruzamento do
garoto inacreditavelmente, na cara do gol. Mas o jovem, de 21 anos, crê
que terá mais chances, pois, em conversa pessoal com Ney Franco, ouviu
palavras bem estimulantes.
- O contato foi muito bom, já
conversou comigo e disse que quer me ajudar. Ele tem um histórico de
trabalhar com jogadores da base, passa muita tranquilidade para a gente.
Espero ter mais oportunidades e que eu tenha agradado (contra o
Santos). Preciso de oportunidades. Se eu tiver, é estar preparado e
consequentemente jogar bem. Assim poderei me firmar - disse.
Igor,
que já atuou de centroavante na base, inclusive sendo artilheiro e
herói da Taça OPG de 2012, gosta mesmo é de atuar pelas pontas. Da
direita, no Morumbi, saiu o cruzamento para Paulinho. Apesar do erro, o
jovem absolve o companheiro.
-
Foi o último lance do jogo praticamente, a gente precisava da vitória,
mas acontece. Ele deu azar. Paulinho fez um grande jogo, só acontece com
quem está jogando. O Flamengo teve as melhores oportunidades com ele.
Queria que ele fizesse o gol, seria bom para todo mundo, mas ele ainda
vai fazer muitos.
Em busca de afirmação, Sartori aposta em
velocidade e determinação, características, segundo ele, comuns às de
seu pai, Alcindo. O ex-jogador também foi formado na base rubro-negra e
defendeu o Flamengo profissionalmente entre 1986 e 1991.
-
Cara, já vi vários gols do meu pai. Antes era fita e passou para DVD e
tal. Vi várias coisas. Todos nos comparam pela velocidade. Ele era um
jogador muito raçudo, que sempre se entregava. Procuro ser da mesma
forma, me dedicando.
Além
do exemplo de casa, Sartori tem como espelho dois ícones mundiais:
Cristiano Ronaldo e Zico. O primeiro é o melhor do mundo na atualidade, o
segundo é rei no clube onde joga e grande amigo de Alcindo.
-
Cristiano Ronaldo é um grande espelho. Jogador completo, que chuta,
cabeceia, bate falta. Todo mundo fala que é o primeiro a entrar e o
último a sair. Se dedica bastante. Zico é um grande ídolo. Ele e meu
pai. O Zico é o maior de todos, e meu pai me conta histórias do que ele
fazia. Meu pai aprender a bater faltas com ele. Eu, sempre que posso,
bato minhas faltas.
A expectativa é de se firmar, mas as
chances começam a aparecer em um cenário perfeito para se queimar
jovens: time à beira do Z-4, torcida cobrando e maus resultados
acontecendo em propulsão. Assusta? Ele garante que não.
-
Desde a base a gente está acostumado. Sei que é diferente no
profissional e por ser Flamengo, mas a gente tem que saber lidar com
isso, contando com a experiência dos mais velhos, não só a do meu pai,
mas também dos mais experientes que jogam pelo clube. Temos que brigar
lá em cima, no G-4. Flamengo tem que entrar em todo campeonato pensando
em ser campeão.
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