A procura do Flamengo por um camisa 10 não cessa. Os
últimos dias de 2013 se aproximam, e o clube tenta não terminar o ano da mesma
forma como começou: sem uma referência criativa no meio-campo. Gabriel, dono do
número que Zico eternizou no clube, não vingou. Muito irregular, está prestes
a ser emprestado para ganhar experiência. A mítica camisa aguarda um
protagonista: Cícero, do Santos, Diego, do Wolfsburg, da Alemanha, e Giuliano,
do Dnipro, da Ucrânia, entraram em pauta. Os dois
últimos estão descartados, enquanto o primeiro é considerado difícil.
Ainda sem conseguir um nome de peso, os dirigentes rubro-negros confiam em Carlos Eduardo. Contratado no
início do ano para vestir a 10, o jogador, que veste a 20, não rendeu o
esperado. É titular do técnico Jayme de Almeida, foi importante na conquista da
Copa do Brasil, mas muito contestado pelos torcedores. A diretoria chegou a
cogitar devolvê-lo ao Rubin Kazan, da Rússia, mas decidiu que ele cumprirá o
contrato, que termina na metade de 2014.
- O Carlos Eduardo não foi o que todo mundo esperava,
mas a melhora dele foi acentuada. É um jogador bom, de toque de bola refinado,
precisa meter dois ou três gols para ganhar confiança. Ninguém pode esquecer
que o gol contra o Cruzeiro (na derrota por 2 a 1, no Mineirão,
pelas oitavas de final) fez com que o Flamengo chegasse na Copa do Brasil.
Vamos contar com ele, tem contrato até junho, mas o Flamengo não tem ele em
definitivo. É um semestre que vai ter pouca coisa, só Libertadores. O ano vai
começar após a Copa do Mundo. É a posição difícil que tem (armador). Canhoto,
dez, capitão, que bata falta, mande no jogo, é difícil. É um artigo de luxo –
disse o vice de relações externas do Flamengo, Plínio Serpa Pinto, que tem
participado das tratativas por reforços.
Diante das dificuldades, os
dirigentes rubro-negros abriram o leque, e o mercado sul-americano virou
garimpo. É a tentativa de encontrar alguma peça de qualidade e baixo custo. Na
passagem pelo Paraguai para o sorteio dos grupos da Libertadores, na última
semana, o presidente Eduardo Bandeira de Mello e Plínio Serpa Pinto
aproveitaram a ida a Assunção para se reunir com representantes de
jogadores. Um deles, Régis Marques, ofereceu dois atletas paraguaios: o meia
Wilson Pittoni, que jogou no Figueirense sem qualquer destaque, e o volante
Eduardo Aranda. Ambos foram vice-campeões da Libertadores com o Olimpia e
deixaram o clube neste fim de ano via ação judicial.
- As contratações têm de ser feitas até o dia 8 (de janeiro), quando o grupo se apresenta para a pré-temporada. Vamos fazer dispensas, vamos equilibrar a folha e vamos reforçar o time. A prospecção no futebol paraguaio e argentino é uma realidade, os salários são um terço dos praticados no Brasil. Tenho certeza de que, com prudência, vamos dar uma melhorada sensível no time – afirmou Plínio.
- As contratações têm de ser feitas até o dia 8 (de janeiro), quando o grupo se apresenta para a pré-temporada. Vamos fazer dispensas, vamos equilibrar a folha e vamos reforçar o time. A prospecção no futebol paraguaio e argentino é uma realidade, os salários são um terço dos praticados no Brasil. Tenho certeza de que, com prudência, vamos dar uma melhorada sensível no time – afirmou Plínio.
Além de um meia, o
Flamengo busca um lateral-direito, um volante e um atacante.
- Na frente temos dois
excepcionais jogadores, Hernane e Paulinho, mas precisamos de mais um homem de
frente. Ainda mais que Moreno não ficou (voltará ao Grêmio). Estou muito
animado. Temos tudo para ter uma performance legal. Não prometo sonho ou
ilusão, mas pés no chão, cabeça no lugar e muito equilíbrio.
Com a iminente saída
de Gabriel, a
camisa 10 deve ficar vaga até a chegada de um reforço. Guardada no armário.
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