Faltam menos de dois meses para o fim da temporada do futebol
brasileiro, e a palavra de ordem no Flamengo para minimizar um problema
evidente nos números é simples: descanso. As estatísticas rubro-negras
no Brasileirão apontam para uma queda de rendimento nos segundos tempos:
dos 31 gols marcados, apenas 14 foram na etapa final, enquanto dos 31
sofridos, 19 aconteceram nos últimos minutos das partidas.
Com pouco tempo para recondicionar todo o grupo, o preparador físico
Joélton Urtiga, que reassumiu o comando do departamento com a saída de
Mano Menezes, tem tentado, em parceria com os fisiologistas, administrar
o problema. Avaliando caso a caso, o profissional tem diminuído a carga
de trabalho para que o Flamengo permaneça inteiro durante a maior parte
das partidas.
.
Como é hábito, os titulares nunca vão a campo nos dias seguintes aos
jogos. As atividades na sequência da semana, no entanto, também têm sido
especiais. Nesta terça, por exemplo, Jayme de Almeida teve apenas 20
minutos para trabalhar o elenco com bola. Mas, ainda assim, nem todos
estiveram à disposição: um dos mais experientes do elenco, Léo Moura foi
poupado e fez somente academia.
- Não posso responder pelo que acontecia antes, mas não sofremos gols
nos segundos tempos contra Criciúma e Coritiba. Contra o Vasco, o gol
foi no início e conseguimos ir para cima, tivemos oportunidades. O único
gol que sofremos foi contra o Botafogo. Até por uma questão de ética,
não vou avaliar o passado, mas acho que temos melhorado bastante - disse
Joélton.
De acordo com o preparador físico, a rotina de jogos nos meios e fins
de semana impede um planejamento diferente até o restante da temporada.
Sendo assim, o trabalho tem sido voltado para a prevenção de lesões e
descanso.
- Temos monitorado e diminuído a carga. É importante o descanso,
conversamos bastante com a fisiologia e temos tido uma melhora. Estamos
buscando uma equipe mais homogênea. Com tão pouco tempo, não fiz nada,
nosso trabalho é mais preventivo, para administrar e lapidar.
Se dividirmos um jogo em três períodos de 30 minutos, fica evidente que
o Flamengo tem rendimento mais forte na parte inicial e mais frágil na
final. Dos 31 gols marcados, 12 foram nos 30 primeiros, 10 até os 15 do
segundo tempo e nove a partir de então. A questão se inverte nos gols
sofridos: oito, dez e 13, respectivamente.
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