Mano Menezes
pede calma aos torcedores para colocar o Flamengo no rumo, mas sabe que
ser atendido é um tanto quanto utópico. Ao mesmo tempo em que tenta
fazer o time evoluir tecnicamente e taticamente, o treinador espera ver
seu grupo mais maduro e preparado para lidar com situações de
dificuldade. O empate por 1 a 1 com o Botafogo no domingo virou exemplo. E a postura de Seedorf,
também. Mano destacou a forma como o camisa 10 alvinegro, de 37 anos,
usa a experiência para tentar ajudar sua equipe e chegou a chamá-lo de
“palestrante”. Para o comandante, o grupo terá de acelerar o ganho de
experiência.
- Vamos qualificando a equipe naturalmente. Estamos aprendendo muito a
cada jogo. Talvez tenhamos que aprender a dirigir mais a equipe,
conversar mais com a arbitragem, como vi o Seedorf conversando para
caramba, houve um lance em que ele falou seis minutos com o árbitro.
Parecia um palestrante. Temos que aprender a conviver com isso. Às
vezes, temos que aprender com a dureza do campeonato. Não precisa ficar
velho para ficar experiente.
No clássico, o Rubro-Negro fez um primeiro tempo muito ruim, sofreu o
primeiro gol, mas conseguiu o empate aos 49 da etapa final. Na partida,
alguns jogadores foram criticados pela torcida. O volante Diego Silva,
substituto de Cáceres, não foi bem nos 45 minutos iniciais, ouviu vaias e
acabou substituído no intervalo. O meia-atacante Carlos Eduardo também não agradou. Sobre o camisa 20, Mano não desiste de recuperá-lo.
- Já são um pouco antigas (as vaias), vamos ter que resolver isso
porque não podemos perder ninguém. Temos de ganhar mais jogadores.
Carlos Eduardo já está melhor, ainda vai errar, outros erraram também.
Vai conviver com essa mudança mais dura em alguns momentos. Na medida em
que se dedicar, trabalhar como está trabalhado, logo elas cessarão, e o
torcedor vai entender a importância dele para a equipe.
Mano Menezes usa Seedorf como exemplo para Fla ficar mais experiente (Foto: Alexandre Vidal / Flaimagem)
O Flamengo continua em situação difícil no Brasileiro. Com dez pontos, é
o 15º. Na próxima quarta-feira, o time enfrenta o Bahia, em Salvador.
Mano descarta mudanças na equipe e prefere dar confiança aos atletas.
- Pedir calma no futebol brasileiro é uma utopia, mas é o que
precisamos. Dar segurança a eles. Entender que em alguns momentos não
vão entrar bem. Não posso excluir um jogador do grupo. O Brasileiro é
muito duro para formar time e elenco. Sempre que tivermos oscilações
maiores, que é o que não quero, vou manter jogadores como ele (Carlos
Eduardo). Não pode a cada falha, a cada jogo, ocorrer o afastamento da
equipe titular.
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