O clima entre as torcidas do lado de fora do Maracanã foi de tranquilidade, apesar de ter havido muito contato entre elas nas entradas. Já nas arquibancadas, as provocações começaram antes mesmo de a bola rolar. Os rubro-negros gritavam que os rivais iam em número reduzido ao estádio, e os botafoguenses respondiam com a tradicional canção em alusão ao episódio em que alguns torcedores do Flamengo caíram na geral após o rompimento de uma grade na final do Brasileiro de 1992.
Quando a bola rolou, o Botafogo estava melhor em campo e a torcida alvinegra foi à loucura com o gol marcado por Rafael Marques após passe de Seedorf em jogada ensaiada. Os flamenguistas tentaram dar apoio ao time e gritaram alto para tentar calar os rivais, que pouco depois soltaram o "Uhhh" na cobrança de falta de Seedorf que acertou a trave do goleiro Felipe.
Os rubro-negros começaram a dar sinais de impaciência com os constantes erros do time e exigiram: "Queremos raça". Do outro lado, os confiantes alvinegros provocavam: "Favela, silêncio na favela". Na segunda etapa, a pressão do Fla deixou o clima apreensivo. Por duas vezes o grito de gol dos flamenguistas saiu da garganta, mas em vão, já que o árbitro apontou impedimento de Elias ao balançar a rede.
Os torcedores do Bota começaram a sentir que a vitória se aproximava e, depois dos 40 minutos, começaram a cantar em alto e bom som o hino do clube. A maioria dos rubro-negros não deixou o Maracanã e foi recompensada com o gol de Elias aos 49 minutos. Os torcedores vibraram diante dos incrédulos alvinegros, que tomaram as saídas do estádio ao som da música "Ninguém cala esse chororô". Até o presidente Eduardo Bandeira de Mello entrou na provocação.
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