O fato de a Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria
Estrutural (Abece) ter questionado o laudo da empresa alemã Schlaich,
Bergermann und Partner (SBP), grande responsável pela interdição do
Engenhão, não sensibilizou o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.
Para ele, o estádio foi construído às pressas e com a "cobertura quase
caindo", falha, que segundo o próprio, tem como principal responsável
César Maia, seu antecessor.
- O estádio foi feito nas coxas - disparou, em entrevista à rádio CBN.
Vale lembrar: a Abece confia mais no laudo da empresa canadense Rowan
Williams Davies & Irwin Inc. (RWDI), que realizou testes em 2004, do
que no apresentado pelos alemães da SBP. Os canadenses sustentam que só
haveria riscos à estrutura do Engenhão ventos com velocidade média de
115 km/h. De acordo com a SBP, ventos de 63km/h já seriam suficientes
para causar abalos ao estádio.
- Cada vez que discuto o assunto, mesmo não sendo engenheiro, eu tenho a
convicção que tomamos a decisão certa. Eu não vou colocar as pessoas em
risco. Eu sei que isso é uma angustia para o Botafogo, mas eu não posso
reabrir o Engenhão, brincar com essas coisas, com um laudo de uma
empresa séria. Se houve nove laudos liberando o Engenhão, mas apenas um
contrário, o estádio vai continuar interditado - emendou.
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