A não aprovação das contas de 2011 sob a responsabilidade da ex-presidente Patricia Amorim
pode ser mais um empecilho para o Flamengo conseguir a Certidão
Negativa de Débito (CND) e, consequentemente, assinar o patrocínio com a
Caixa Econômica Federal.
Isso porque, entre os requisitos
previstos na Lei de Licitação Pública, que permitiria o acordo do clube
com a instituição financeira pública, estão o balanço patrimonial e as
demonstrações contábeis do último exercício social.
A atual
gestão, por sua vez, minimiza o fato e garante transparência por meio da
comissão de inquérito que será instaurada para apurar possíveis
irregularidades.
– Muito mais importante do que ficar
preocupado em obter o eventual patrocinador é dar a ele segurança.
Teremos a comissão de inquérito. O Flamengo tem de agir com correção
para passar credibilidade – ponderou Walter D'agostino, vice-presidente
geral do Flamengo.
O clube contratou uma auditoria para fazer
um raio X da atual saúde financeira. Além de ser obrigado a exibir o
balanço patrimonial do último exercício, a instituição também precisa
renegociar a dívida referente ao passivo tributário para assegurar a
CND.
Segundo informações do jornal "O Globo", de sábado
passado, a auditoria Ernst & Young está concluindo os trabalhos e
deve apontar para R$ 600 milhões, entre débitos públicos e privados.
Desde
que assumiu o Flamengo no dia 2 de janeiro, a gestão Eduardo Bandeira
de Mello quitou R$ 25 milhões que dizem respeito a impostos (Refis e
Timemania). O balanço patrimonial de 2011 apontava que o total de
dívidas tributárias era de R$ 74,7 milhões.
Fazenda aceita proposta do Fla
A
Procuradoria Geral da Fazenda Nacional concordou com a proposta de
acordo do Flamengo para o pagamento das dívidas fiscais e agora falta a
Justiça homologar a decisão para que as parcelas mensais comecem a ser
pagas. O departamento jurídico mobiliza sua força para conseguir as
certidões negativas de débito municipal, federal e trabalhista, o que
ainda não tem previsão. Os dirigentes esperam obter as certidões o
quanto antes para ao menos se beneficiar das Leis de Incentivo ao
Esporte.
Com a palavra
Carlos Eduardo de Meneses
Especialista em direito público
Especialista em direito público
Na
fase de habilitação no procedimento licitatório, o ente público deverá
apreciar as condições econômicas, jurídicas e fiscais necessárias para
que o licitante possa sagrar-se vencedor na disputa. A entidade pública,
no caso a Caixa Econômica, não poderá assinar um contrato de
publicidade com uma empresa privada com problemas em seus demonstrativos
financeiros em razão de haver pendência em seu balanço contábil. Tendo
como base o princípio da moralidade, e que ele integra o conceito de
legalidade, decorre a conclusão, portanto, de que ato imoral é ato
ilegal.
O que está por trás da obtenção da CND
Prioridade
A atual diretoria do Flamengo priorizou o pagamento das dívidas públicas para obter a Certidão Negativa de Débito (CND) e ficar livre das penhoras. Só nos dois primeiros meses da atual gestão, foram quitados R$ 25 milhões relativos a débitos do Refis e Timemania. Em 2011, o balanço patrimonial divulgado pelo clube apontou R$ 74,7 milhões em dívidas relativas apenas ao passivo tributário.
A atual diretoria do Flamengo priorizou o pagamento das dívidas públicas para obter a Certidão Negativa de Débito (CND) e ficar livre das penhoras. Só nos dois primeiros meses da atual gestão, foram quitados R$ 25 milhões relativos a débitos do Refis e Timemania. Em 2011, o balanço patrimonial divulgado pelo clube apontou R$ 74,7 milhões em dívidas relativas apenas ao passivo tributário.
Objetivo
Só com a obtenção da CND é que o Flamengo conseguirá o patrocínio da Caixa Econômica, que é uma instituição financeira pública. Ela já estampa a marca na camisa do Corinthians e negocia com os mineiros Atlético e Cruzeiro um acordo de aproximadamente R$ 15 milhões para substituir o Banco BMG, segundo informações do jornal "Folha de São Paulo" na edição de quinta-feira.
Só com a obtenção da CND é que o Flamengo conseguirá o patrocínio da Caixa Econômica, que é uma instituição financeira pública. Ela já estampa a marca na camisa do Corinthians e negocia com os mineiros Atlético e Cruzeiro um acordo de aproximadamente R$ 15 milhões para substituir o Banco BMG, segundo informações do jornal "Folha de São Paulo" na edição de quinta-feira.
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