Citado na reportagem publicada na quarta-feira pelo GLOBOESPORTE.COM a
respeito de uma apuração em curso pela auditoria que é realizada no
Flamengo sobre R$ 25 mil reais pagos em espécie para aluguel de campo na sede do clube, na Gávea, que não entraram na contabilidade,
o ex-funcionário Carlos Eduardo da Silva Almeida enviou o seu extrato
bancário segundo o qual, apesar de existir um recibo apontando o
depósito do aluguel em sua conta no Bradesco, o dinheiro não chegou a
ser depositado. A maior operação que consta no documento bacário na data
do recibo, 6 de março de 2012, é um depósito, feito pelo próprio
titular da conta, no valor de R$ 1.330,57.
Cadu autorizou publicação de extrato para mostrar que não dinheiro não foi depositado (Foto: Infoesporte)
Cadu, como é conhecido na Gávea, foi envolvido no caso através de um
recibo de pagamento assinado pelo então diretor executivo do Fla-Gávea
Renato Darlan. O documento é diferente do que foi entregue à
Confederação Brasileira de Rúgbi (CBRu), que é assinado pelo ex-vice
presidente do departamento, Cacau Cotta. No recibo assinado por Darlan,
consta a informação de depósito na conta de Cadu. No documento que está
na contabilidade da CRBu, não há qualquer informação de depósito, apenas
registra o recebimento do dinheiro, levado em espécie pela entidade à
tesouraria do clube.
Por e-mail, Cadu escreveu: "Segue anexo meu extrato bancário, não
aguento mas essa história. já perdi meu pai, meu emprego, eu quero paz.
Espero que esclareça essa história de uma vez por todas".
O Flamengo investiga o caso já que os R$ 25 mil pagos em dinheiro não
entraram na contabilidade do clube, que confirmou o dado de forma
oficial. Pouco mais de um mês depois do pagamento não contabilizado,
ocorreu uma coicidência: um assalto a um funcionário nas proximidades do
clube. Ele carregava, sem seguranças, um envelope com R$ 25 mil. Foi
registrada ocorrência do assalto, mas o criminoso não foi encontrado.
Prestação de contas
Três dias depois do assalto, a contabilidade rubro-negra acusou a
entrega de notas que comprovariam despesas em melhorias na sede da Gávea
no mesmo valor. Renato Darlan enviou a prestação de contas com
referências das notas ao GLOBOESPORTE.COM nesta quinta-feira. Constam
despesas em marmoraria, loja de iluminação, materiais de construção
(duas notas e um depósito em dinheiro) e investimento de R$ 10 mil em
melhorias de vestiário da base. Os demais materiais, segundo a prestação
de contas, foram para "construção e decoração de sala de convivência
dos sócios".
- Essa explicação (sobre o motivo de o dinheiro não ter sido contabilizado) quem precisa dar é o financeiro. Isso não é incomum de acontecer com pequenos valores. É tudo muito difícil, e precisa acontecer. Não existe sumiço, nem erro de procedimento. Houve aceleração do procedimento. O que interessa é a prestação de contas e o fato de não ter dinheiro na conta do menino - afirmou Renato Darlan.
- Essa explicação (sobre o motivo de o dinheiro não ter sido contabilizado) quem precisa dar é o financeiro. Isso não é incomum de acontecer com pequenos valores. É tudo muito difícil, e precisa acontecer. Não existe sumiço, nem erro de procedimento. Houve aceleração do procedimento. O que interessa é a prestação de contas e o fato de não ter dinheiro na conta do menino - afirmou Renato Darlan.
Prestação de contas entregue ao departamento de finanças do Flamengo (Foto: Infoesporte)
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