Nem parecia um jogo entre clubes com duas das maiores torcidas do país.
Com poucos torcedores vestindo verde e branco ou vermelho e preto, Flamengo e Palmeiras
protagonizaram o primeiro clássico entre “times de futebol” da história
do NBB, neste sábado, em Mogi das Cruzes, em situações completamente
opostas na tabela. E como já era previsível, deu a lógica. Único invicto
e recordista de vitórias em um início de temporada da competição, o
time carioca não encontrou maiores dificuldades para vencer o penúltimo
colocado por 106 a 61 (52 a 48), ampliar seu recorde para 13 triunfos
consecutivos e se manter na liderança isolada com 26 pontos. Com a
derrota, sua 13ª em 15 partidas, a equipe paulista está cada vez mais
perto de disputar o quadrangular que rebaixará duas equipes na edição
2013/2014 do NBB.
Maior pontuador da equipe na temporada, Marquinhos desta vez não
repetiu suas atuações. Mesmo em uma tarde pouco inspirada, o ala anotou
20 pontos. Com 28 pontos e seis assistências, Benite foi o cestinha do
clássico. Pelo lado do Palmeiras, o maior pontuador foi Caleb Brown, com
15 pontos.
Duda tenta parar ataque do Palmeiras (Foto: João Pires / LNB)
Como já se tornou hábito, o Flamengo terá pouco tempo de descanso. Com
partidas atrasadas a cumprir em razão de sua participação na
Liga-Sul-Americana, o time carioca volta à quadra já na próxima
segunda-feira, contra o Minas, às 20h, em Belo Horizonte, em partida
válida pela segunda rodada. Já o Palmeiras terá três dias a mais para se
preparar para encarar o Joinville, quinta-feira, em Santa Catarina, às
20h, pela 17ª rodada.
O JOGO
O adversário pode mudar, mas a estratégia do Flamengo de começar o
primeiro quarto a 100km/h já virou rotina. Neste sábado não foi
diferente. Para abrir os trabalhos, uma sequência de 10 a 0 que obrigou o
espanhol Arturo Alvarez a pedir tempo. A ação do técnico palmeirense
pouco mudou o panorama da partida. Principalmente em razão da pontaria
certeira de Benite, implacável nas bolas de três. Com quatro arremessos
certos em quatro tentados, o armador anotou 14 pontos e foi o
responsável direto pela vitória parcial de 29 a 14 a favor do time
rubro-negro.
Benite diminuiu seu percentual de acertos no começo do segundo quarto,
mas o Flamengo não. Pelo menos até a metade do período, quando a
diferença se manteve em 15 pontos. José Neto, então, aproveitou para
rodar o time, e colocou Gegê, Duda e Feliz em quadra. Sem o mesmo ritmo
dos demais companheiros, a equipe caiu de produção, e o Palmeiras
diminuiu o prejuízo para nove pontos (36 a 27). Mas foi só um susto.
Rapidamente, o trio esquentou e a vantagem voltou a ser confortável até o
estouro do cronômetro (52 a 38).
Partida teve poucos torcedores com camisas dos times (Foto: João Pires / LNB)
Se antes de a bola subir, a torcida do Flamengo presente ao Ginásio
Professor Hugo Ramos já era maioria, depois do intervalo, então, as
camisas do Palmeiras praticamente desapareceram. Os poucos que
permaneceram, que sequer vestiam a camisa do clube ou de qualquer
torcida organizada, passaram a provocar os rubro-negros e por alguns
instantes ameaçaram a paz que reinava absoluta. Os seguranças, porém,
agiram rápido, convenceram os baderneiros de ambos os lados a deixarem o
local e o bate-boca, que nem chegou a virar uma confusão, quase não foi
notada.
Enquanto isso, em quadra, o Flamengo seguia soberano. Com os titulares
ou os reservas, a diferença só crescia e, de 14 pontos ao fim do
primeiro tempo, pulou para 30 a dez minutos para o fim do primeiro
clássico entre clubes de camisa do NBB.
Com a vitória praticamente assegurada, o técnico José Neto aproveitou
para dar um descanso ao ala Marquinhos. Mesmo com seu principal
pontuador na competição sentado no banco de reservas durante todo o
último quarto, o time carioca fez 28 a 13 nos dez minutos finais, venceu
por 106 a 61 e deu mostras que pretende bater seu próprio recorde de 17
vitórias consecutivas na temporada regular, conquista na primeira
edição do NBB, em 2008/2009.
Nenhum comentário:
Postar um comentário