terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Executivos já trazem melhorias ao Flamengo



Antes mesmo de tomar posse efetivamente da gestão do Flamengo, o grupo dos executivos, do futuro presidente Eduardo Bandeira, deu um grande passo para conseguir um resultado importante para a prometida guinada do clube. O contrato com a Adidas , o melhor contrato de fornecimento de material esportivo do país, que será votado pelo Conselho Deliberativo nesta quarta-feira, foi melhorado em vários aspectos após negociações do novo departamento de marketing, comandado pelo futuro vice de planejamento e marketing, Luiz Eduardo Baptista. A De Prima apurou que cerca de dez pontos do documentos foram alterados à favor do clube.

E o valor das bonificações por conquista de título foi uma das modificações importantes feitas nas conversas nos últimos três dias e podem turbinar ainda mais o polpudo valor de R$ 363 milhões até 2023. Pelo acordo de antes, feito pelo marketing de Patricia Amorim, o Flamengo só ganharia cerca R$ 750 mil caso vencesse a Libertadores. Agora, porém, a verba saltou para R$ 2 milhões caso o time levante o caneco. Os valores de todos os títulos foram aumentados.

Outra cláusula que estava gerando discussão entre as partes era sobre o limite de patrocínio que estamparão a camisa do Flamengo a partir de maio de 2013. Antes acordado com somente duas marcas, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, e sua equipe conseguiram convencer os dirigentes da multinacional que era impossível diminuir um terço do número dos espaços de uma só vez. Pelo que foi fechado, o clube poderá acertar com três empresas e , caso for necessário, implantar o sistema de rodízios, ainda não confirmado pela nova diretoria. Este processo, porém, não agrada à empresa.

Um dos detalhes que mais causavam preocupação à nova diretoria era a provável defasagem dos R$ 35 milhões nos últimos cinco anos. O que parecia problema, virou solução após as conversas praticamente encerradas nesta segunda-feira à noite. Conforme foi tratado, este valor sofrerá um reajuste mínimo de 10% a partir do sexto ano, o que dá uma garantia mínima ao clube de que o valor não ficará ultrapassado nos últimos anos do acordo.

Os dois lados adotam cautela e evitam dizer que o assunto está encerrado, o que deve acontecer após a votação do Conselho Deliberativo. O contrato, amplamente discutido com as forças políticas influentes dentro do Flamengo, não deverá ter dificuldade para ser aprovado.

– É verdade. Vamos levar o contrato para ser votado no Deliberativo. Mas só será assinado se for aprovado. Concordamos com os termos e isso será encaminhado quarta-feira para o conselho. Agora temos que esperar para ver como será a análise – disse o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira, ao L!

A grande virtude desta nova diretoria foi não deixar se pressionar por prazos, principalmente o de pagamento da multa rescisória da Olympikus, que se encerra nesta sexta-feira. Outro fator era o tempo mínimo que a Adidas precisava para confeccionar os materiais esportivos. Mesmo com um contrato valorizado, com altos valores e com o clube financeiramente atolado em dívidas, Luiz Eduardo Baptista teve frieza para negociar melhorias para o contrato e, consequentemente, retirar do documento o que o clube não poderia cumprir. Diferentemente do que aconteceu com o acordo com Ronaldinho, feito às pressas, e que acabou gerando um imbróglio na Justiça.

Se o contrato for aprovado no Deliberativo, o Fla ganhará em janeiro cerca de R$ 32 milhões de luvas. O acordo será válido a partir de maio do ano que vem. Nos primeiros cinco anos o clube receberá R$ 30 milhões. Nos últimos cinco, receberá R$ 35 milhões (com uma valorização de 10%).

- Está convocada a reunião para o contrato ser discutido. A nova diretoria negociou o contrato com a anuência da Patricia Amorim. Foi conseguido algumas modificações – explicou Delair Dumbrosck.

Outro ponto forte do contrato é a internacionalização da marca do Flamengo. Segundo o acordo, a Adidas colocará pela primeira vez um clube da América Latina entre os clubes Classe A, o que deixa o clube com direitos parecidos com Real Madrid, Chelsea, Milan e Bayer de Munique. As camisas rubro-negras estarão disponíveis nos maiores mercados consumidores.

Ao menos o fornecimento de material esportivo pode ser o mesmo daquele Flamengo campeão do Mundial Interclubes de 1981, referência da nova gestão do presidente Eduardo Bandeira e dos executivos Wallim Vasconcellos, Luiz Eduardo Baptista, Flávio Godinho e Rodolfo Landim, que formaram a Chapa Fla Campeão do Mundo. A primeira boa jogada está próxima de terminar em gol. Agora só resta aguardar os próximos passos.

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