Eduardo Bandeira de Mello corre o risco de assumir a presidência do
Flamengo no dia 2 de janeiro com o time desfalcado de um jogador, que se
não é ídolo da torcida rubro-negra, pelo menos deixou boa impressão nas
últimas partidas da equipe no Campeonato Brasileiro: Wellington Silva.
Com o assédio do Fluminense, o clube da Gávea pode, a exemplo do que
aconteceu com Thiago Neves no início de 2012, perder um jogador para o
rival.
Embora deixe claro que a decisão sobre o caso é do diretor executivo
Paulo Pelaipe, Bandeira acredita que o lateral-direito não sairá.
- Espero que não saia, acho um excelente jogador, tenho certeza que o
Pelaipe vai endossar a avaliação dele e espero continuar com ele. Só
estive com Siemsen num almoço e trocamos algumas palavras, em uns 30
segundos, nem estava ventilado ainda este negócio do Wellington Silva. A
realidade é que o Flamengo não perdeu prazo, exerceu a preferência do
direito de adquirir mais 34% dos direitos do jogador, e com os 16% que
já tinha, ficaria com 50%. O interesse do Fluminense sei apenas em tese,
tenho sabido pela imprensa, nunca conversei com Fluminense sobre isso.
Estou sabendo apenas pela imprensa, mas acredito que terá um final feliz
- disse o presidente eleito, em entrevista à Rádio Globo.
Perguntado sobre a questão ética das negociações que envolvem também o
Resende, clube do qual Wellingon Silva foi contratado, Bandeira pede
entendimento entre os grandes clubes:
- A relação entre os clubes, Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo,
Corinthians, é de rivalidade dentro de campo, mas fora há vários
interesses comuns e seria desejável algum entendimento, um acordo de
cavalheiros para evitar problemas.
Com relação ao atacante Vagner Love,
que declarou publicamente o seu apoio a Patricia Amorim nas eleições do
Flamengo, e sobre especulações de que poderia deixar o clube, o
presidente eleito do Flamengo foi bastante claro:
- A gente tem todo interesse em manter o jogador. Nunca estive
pessoalmente com ele, acho que nem o Pelaipe, nem o Wallim tiveram esta
oportunidade. Ele é ídolo da torcida, nós gostamos muito dele, eu gosto,
meus filhos gostam, e li declarações dele de que não teria problema
nenhum de ficar no Flamengo com qualquer presidente que fosse eleito.
Sobre o que se deve ao CSKA, é uma parcela razoável, a planilha sim já
vi, e o Flamengo deve algumas parcelas ao CSKA. Vamos ter de pagar, não
tem jeito.
Outros dois jogadores que Bandeira gostaria que continuassem a defender
o Flamengo são Renato Abreu e Leo Moura, mas ele não garante que
permanecerão, até porque ele não decidirá sobre isso:
- Também não posso adiantar nada, isso será avaliado pelo Wallim e o
Pelaipe. Eu pessoalmente gosto muito dos dois, sou muito grato por tudo o
que já fizeram pelo Flamengo, são craques dentro e fora do campo. Não
posso garantir. E será também avaliado pelo treinador. Se o Dorival
ficar, a opinião dele será mais levada em conta do que a minha, porque
até uma semana atrás eu era um simples torcedor. E agora não sou mais só
torcedor, tenho de ter responsabilidade.
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